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São Paulo – Em depoimento de cinco horas ontem na superintendência da Polícia Federal em São Paulo, Hamilton Lacerda, ex-coordenador da campanha de Aloízio Mercadante (PT) e assessor parlamentar do senador, declarou que o dossiê contra tucanos seria usado nas campanhas de Luiz Inácio Lula da Silva e de outros petistas nos estados.

Foi a primeira vez que um dos envolvidos no caso admitiu abertamente o uso eleitoral do dossiê e associou sua compra à campanha de Lula.

Segundo o advogado Alberto Zacarias Toron, Lacerda contou à PF que quem o chamou a Brasília foi Jorge Lorenzetti, ex-coordenador de risco e mídia da campanha de Lula. "Sabia-se até então que havia um material comprometedor no que concerne ao escândalo dos sanguessugas. Como ele teve participação é que ele foi chamado (a depor)", disse Toron.

Lacerda negou, no entanto, que tenha levado a Gedimar Passos verba para comprar o dossiê. "Ele não manuseou em qualquer momento o dinheiro, não falou sobre a origem do dinheiro e desconhecia que o material seria pago", disse Toron.

Freud

O ex-assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva Freud Godoy também prestou depoimento e voltou a negar envolvimento na suposta compra do dossiê contra candidatos tucanos.

Ele deixou o prédio da PF por volta das 19 horas depois de prestar depoimento de 3 horas ao delegado federal de Cuiabá, Diógenes Curado, e ao procurador da República de Cuibá, Mário Lúcio Avelar.

O advogado de defesa de Freud, Augusto Arruda Botelho, afirmou que o ex-assessor de Lula não esteve em São Paulo ou em Mato Grosso na semana em que teria ocorrida a negociação do dossiê com os Vedoin, Luiz Antônio e Darci Vedoin, donos da Planam, empresa apontada como líder do esquema sanguessugas.

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