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Um procedimento inédito no Brasil foi feito no Hospital de Clínicas e salvou a vida de um bebê prematuro. A criança tinha um problema na traqueia e não resistiria ao parto, pois não conseguiria respirar. O bebê foi submetido a uma traqueostomia fora do útero no sábado (26), ainda ligado ao cordão umbilical. A técnica utilizada foi a Terapia Intra-parto Fora do Útero e foi feita cerca de 400 vezes no mundo, segundo o Hospital de Clínicas (HC).

O problema foi diagnosticado ainda em Telêmaco Borba - cidade da mãe do bebê, Paula Regina Pontara, 33 anos. Ela passou a ser acompanhada pelos médicos do HC a partir da 28ª semana de gestação.

A mãe entrou em trabalho de parto na 34ª semana de gestação e os médicos tentaram realizar a traqueostomia no bebê parcialmente fora do corpo da mãe. O procedimento não deu certo porque o bebê estava sentado.

Os médicos então fizeram a operação após a cesariana, porém o cordão umbilical não foi cortado, para que a criança continuasse respirando por meio do cordão. "A criança foi mantida sobre as pernas da mãe, estando a placenta ainda colada ao corpo do útero. Somente depois foi feito o corte do cordão umbilical", explicou o médico cirurgião Marcelo Stegani.

O bebê segue internado na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do HC e não havia previsão de alta. A menina passava bem e ainda respirava com a ajuda de aparelhos. Ela terá que passar por uma nova cirurgia. "Geralmente, nesses casos, somente depois de um ano de vida, é que a paciente poderá passar por uma cirurgia corretiva definitiva de via aérea para, enfim, tirar a traqueostomia", afirmou Stegani. A mãe recebeu alta no sábado (26).

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