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Residentes cancelam paralisação

Os médicos-residentes do Hospital de Clínicas cancelaram a paralisação que fariam na quarta-feira (29), por causa da edição medida provisória (MP) nº 536, que dispõe sobre as atividades da categoria. O documento, da última sexta-feira (24), mantém os benefícios alcançados pelos residentes durante a greve de 2010, como a elevação da bolsa-auxílio para R$ 2.384,82, licença-maternidade de 120 dias prorrogável por mais 60 dias, licença paternidade de cinco dias, etc.

Por meio de nota, os residentes afirmam que entendem que apenas a MP não garante esses benefícios permanentemente, sendo necessária a aprovação no congresso nacional. Como outras reivindicações dos médicos – como controle da jornada de trabalhos, reajuste periódico da bolsa, garantia de auxílio-moradia e supervisão durante a residência – não foram contempladas, a categoria permanece em alerta.

Sessenta e três funcionários do Hospital de Clínicas, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), continuam a greve nesta terça-feira (28). O número aumentou em relação à segunda-feira (27), quando 60 funcionários estavam parados. Segundo a assessoria do hospital, os setores mais afetados são o centro cirúrgico, com 18 servidores em greve, e o laboratório, com 13 pessoas paradas. A situação é mais complicada no setor de coleta, onde 10 dos 15 funcionários não trabalham.

Com isso, a coleta ambulatorial segue suspensa, do mesmo modo que ocorreu na segunda (27). Apenas casos de emergência, como o de pacientes transplantados e da quimioterapia, recebem atendimento. A estimativa é de que 250 coletas deixaram de ser realizadas em cada dia.

O número de pacientes no hospital também sente os reflexos da greve. Na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), os 14 leitos estão lotados. Na semi-intensiva, dos 15 leitos, 13 estão ocupados. No setor de observação, apenas 5 dos 14 leitos estão indisponíveis. O hospital ainda atende a 256 pacientes que estão internados no local.

Paralisação

Os servidores do HC, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), e da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) decidiram entrar em greve por tempo indeterminado em 15 de junho.

O pronto-atendimento do Hospital de Clínicas não recebe novos pacientes desde 16 de junho. Um comunicado foi enviado pelo hospital à Secretaria Municipal da Saúde, em 17 de junho, solicitando que os novos pacientes fossem encaminhados para outros hospitais. O atendimento para quem já estava internado no HC e casos de urgência não foi afetado.

Manifestações

Uma passeata dos servidores técnico-administrativos está programada para ocorrer na quinta-feira (30). A categoria deve sair do RU Central, na esquina das ruas Amintas de Barros e General Carneiro, em frente à Reitoria, às 10 horas. A caminhada será até o Prédio Histórico da UFPR, na Praça Santos Andrade, onde haverá um abraço simbólico ao edifício. Antes da manifestação haverá uma assembleia no RU Central.

A categoria organiza um protesto em Francisco Beltrão, na região Sudoeste do Paraná, em 1º de julho. A presidente da República, Dilma Rousseff, estará na cidade para o lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2011/2012 e os servidores planejam fazer um "apitaço" para chamar a atenção do governo federal.

Outra manifestação deve ocorrer em 5 de julho, data de mobilização nacional da categoria. A programação desse ato ainda não foi definida.

Reivindicações

Os servidores querem a reabertura de 130 leitos no HC, que teriam sido fechados por falta de pessoal. Além disso, os técnicos administrativos pedem que o governo federal estabeleça e coloque em prática um plano de cargos e salários para a categoria. Outra reivindicação é o aumento do piso salarial de R$ 1.034 para R$ 1.635, o equivalente a três salários mínimos, e o aumento de benefícios como o vale-alimentação, além da correção de distorções.

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