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A falta de concurso público para a contratação de médicos e enfermeiros vem prejudicando os serviços do HC. Sobrecarregados, são muitos os profissionais que pedem licença médica, o que cria ainda mais problemas dentro do hospital. Segundo o diretor-geral do HC, Giovanni Loddo, a média é de 200 funcionários em licença. "A área da saúde exige uma reposição contínua. A velocidade de saída está sendo maior que a velocidade de reposição. De 2001 a 2006 recebemos cerca de 600 vagas, mas hoje temos 130 funcionários a menos do que em 2001", afirma.

Parentes de pacientes do HC reclamam que muitos procedimentos ficam a cargo de médicos residentes, quando deveriam estar nas mãos de profissionais mais experientes. "A cada dia os residentes nos davam uma informação e não comunicavam coisas importantes", comenta a irmã de um paciente internado por 20 dias no local, que pediu para não ter o nome revelado. Em maio deste ano, uma médica foi condenada por negligência ao prestar atendimento a uma criança de 3 anos que morreu no HC. Ela teria deixado de constatar uma infecção generalizada quando fazia residência no hospital. Outra família está processando o HC. Em julho do ano passado, Mateus Gabriel de Freitas Mello, de apenas 11 meses, morreu de traumatismo craniano. Os médicos teriam deixado o bebê cair.

"Temos 3,4 mil funcionários, quase 5 mil alunos. Alguma dessas pessoas eventualmente pode não ter comportamento adequado, seria hipocrisia minha dizer o contrário", diz Loddo. Ele acrescenta que os casos devem ser levados à ouvidoria do HC, para a abertura de uma sindicância. O Conselho Regional de Medicina (CRM) informou que denúncias devem ser feitas por escrito e não podem ser anônimas.

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