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Curitiba – A presidente do PSol, Heloísa Helena, não ficou de fora dos comentários a respeito da cena do último capítulo da novela Paraíso Tropical, da Rede Globo, sexta-feira, que mostrou Bebel, personagem da atriz Camila Pitanga, em um depoimento a uma fictícia Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Biocombustíveis no Senado.

Heloísa disse que não viu a cena porque estava dando aula naquele horário, mas que recebeu telefonemas e torpedos a respeito. Segundo ela, a crítica contundente é necessária e "é bom rir das próprias tragédias". Mas a presidente do PSol lembrou que esse riso não pode se transformar na banalização do problema.

Em Paraíso Tropical, depois de ser presa, Bebel vira amante fixa de um senador da República. Ela é usada pelo político como laranja em seus negócios e acaba sendo convocada a depor. Existe uma semelhança evidente com o escândalo envolvendo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Os senadores reagiram de formas diferentes. Wellington Salgado (PMDB-MG) ficou irritado com a relação entre a cena e o momento político do Senado. Já Cristovam Buarque (PDT-DF) lamentou que a Casa inspire uma obra de ficção. Segundo ele, o Senado é alvo de críticas porque não cumpre seu papel.

Sobre o resultado da votação no Senado que livrou Renan Calheiros da cassação, Heloísa Helena voltou a afirmar que foi uma vergonha o que aconteceu. Segundo ela, com certeza o resultado seria diferente se a votação fosse aberta. Na tentativa de evitar que o problema se repita na próxima votação, o PSol entrou com Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a regra que determina sessões secretas para votação de processos de cassação no plenário.

Heloísa Helena veio a Curitiba para participar de um debate com estudantes da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. O evento faz parte da Semana Acadêmica de Comunicação Social. Ela também participou do ato de filiação ao PSol de mais de 20 pessoas. De acordo com ela, "o partido vem crescendo de forma tranqüila" e o trabalho agora é para definir como a legenda vai disputar as eleições municipais em 2008.

O presidente estadual do PSol, Luiz Felipe Bergmann, disse que o partido está organizado em 35 municípios do Paraná e que pretende ter candidatos próprios em todos as cidades.

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