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Palmeira dos Índios, AL – A senadora Heloísa Helena disse que o PSol não apoiará nenhum dos dois candidatos no segundo turno das eleições para a Presidência da República. "Seria uma desmoralização para o PSol rasgar 12 anos de história de resistência, de confronto político contra o projeto neoliberal representado pelo PSDB e de confronto com a gangue partidária em que se transformou o governo Lula", afirmou a candidata derrotada do PSol. Ela insistiu, no entanto, que os apoiadores de seu partido são homens e mulheres livres, com capacidade para definir em quem em quem votar. Quanto a possibilidade de partidários do PSol fazerem a pregação do voto nulo, ela disse que se trata apenas um detalhe.

Após votar pela manhã em Maceió, Heloísa recolheu-se à casa de seu irmão na cidade de Palmeira dos Índios, a 130 quilômetros de Maceió. Passou o dia sem conversar com eleitores, como fez na época de sua eleição para senadora em 1998, para não constrangê-los, segundo suas explicações. Por volta da meia-noite, quando soube do resultado das apurações, ela abriu o portão e conversou durante alguns minutos para explicar a posição de seu partido.

A senadora considerou positivo para o PSol o resultado da eleição, considerando que se trata de um partido novo, fundado há apenas dois anos.

Heloísa votou às 8h45 na 185.ª Seção Eleitoral de Maceió. Na sua primeira entrevista do dia, enquanto aguardava a vez de entrar na sala de votação, no Grupo Escolar Antônio Vasco, no bairro Riacho Doce, disse que terminava a campanha de cabeça erguida e que sua maior esperança nas eleições deste ano era "não ver a vitória do banditismo político, da roubalheira e da corrupção".

Levando no colo a afilhada Clara Ramos, de seis anos, a candidata deixou claro que sua principal preocupação era a derrota do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem acusa de estar à frente de uma organização criminosa travestida de partido político. Ela também responsabilizou o presidente petista pela vitória de Fernando Collor de Mello, do PRTB, para o Senado. Na opinião da senadora, os eleitores de Alagoas votaram no ex-presidente sob o efeito da onda de corrupção que teria tomado conta do governo Lula: "Na periferia de Maceió, muitas pessoas me diziam que o Lula roubou mais do que o Collor e continuou no Palácio do Planalto. Talvez o povo de Alagoas tenha feito um protesto."

A senadora chegou às 7h30 chegou ao bairro de Riacho Doce, onde ela morou quando era casada com Stanley Carvalho, pai de seus filhos Ian e Sacha. Mas ela não foi diretamente para a longa fila de eleitores que àquela hora já estava formada diante do grupo escolar. Passou antes pela casa de uma antiga amiga, no outro lado da rua. Enquanto conversava, dois primos dela entraram na fila para guardar lugar e a chamaram pelo celular quando já estavam na porta da sala de votação.

Depois de votar, Heloísa embarcou com os dois filhos e um motorista num Ford Fiesta e saiu dirigindo na direção de Palmeira dos Índios. Explicou que ia levar Ian, de 20 anos, para votar. Também pretendia descansar e rever parentes na cidade onde ela passou parte da infância e a adolescência. Em Palmeira dos Índios ela passou o dia na casa do irmão Hélio.

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