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A Secretaria de Segurança Pública informou neste sábado (15) que a Corregedoria da Polícia Militar investiga, junto com a Força-Tarefa da Polícia Civil, a chacina que deixou 18 mortos na Grande São Paulo na noite da última quinta-feira. A cooperação começou no final da tarde de ontem e foi determinada pelo secretário Alexandre de Moraes diante das fortes suspeitas de que policiais militares estão entre os autores do crime. A Corregedoria é o órgão responsável por apurar irregularidades cometidas pelos policiais militares.

Mais cedo, alguns dos corpos das 18 vítimas começaram a ser sepultados. No cemitério Jardim Santo Antônio, em Osasco, desde as 8h, foram enterrados Presley Santos Gonçalves, Deivison Lopes Ferreira, Igor Silva Oliveira, Jonas dos Santos Soares, Eduardo Bernardino Cesar e Rodrigo Lima da Silva. As demais vítimas foram sepultadas em outros cemitérios dos dois municípios.

Avener Prado/Folhapress

Os ataques em série também deixaram seis pessoas feridas. Osasco foi o município com maior número de mortes, 15. Outras três pessoas morreram em Barueri. Outro homicídio foi registrado em Itapevi, mas, de acordo com os investigadores, não tem relação com a chacina. Os assassinatos foram registrados em um raio de sete quilômetros e num período de cerca de duas horas.

Segundo o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, a Polícia Civil trabalha com pelo menos três hipóteses principais para os ataques: vingança pelo latrocínio de um policial militar em Osasco, retaliação pela morte de um Guarda Civil Metropolitano em Barueri ou uma ação ligada ao tráfico de drogas. A primeira hipótese, no entanto, tem ganhado força. A polícia já sabe que em Osasco, nos oito locais onde aconteceram os crimes, o grupo de executores usou uma moto preta, com duas pessoas, e um Peugeot prata, com quatro. Já em Barueri, os assassinos estavam em um Sandero prata.

Moraes afirmou que as vítimas não possuem uma identidade comum, que permita elucidar o crime a partir de seu perfil. Entre as vítimas, seis têm passagem pela polícia, pelos mais diversos motivos, como Lei Maria da Penha e receptação. A polícia pretende agora fazer exames de balística em cápsulas e projéteis - foram recolhidos nos locais dos crimes munições de revólveres calibres 38, 45 e 380 e de pistola 9mm, a última de uso restrito das Forças Armadas - que podem ajudar a elucidar a autoria, além de analisar imagens de celulares e câmeras e ouvir testemunhas do caso.

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