A historiadora Joseli Mendonça pesquisa no Acervo Público do Paraná todo e qualquer processo que envolva escravos. Suas descobertas surpreendem. Até o momento, foram cadastrados 250 processos, que representam um terço do total do acervo. As naturezas da papelada diversas.

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Os negros aparecem como bens de seus proprietários, deixados como herança, ao lado de bois, cavalos e terras. “Estou trabalhando os documentos de um escravo que é sapateiro. Pertencia a um padre em São José dos Pinhais. Chamava-se Barnabé e desperta a paixão de muitos alunos. Ele tinha dinheiro, queria comprar a liberdade”, ilustra Joseli.

Causa impressão que trajetórias como a de Barnabé tenham escapado a outros estudiosos. Para o historiador Fabiano Stoiev, a explicação é que os trabalhos mais antigos tinham tendência mais demográfica e quantitativa. A partir dos estudos de Eduardo Spiller Pena, nos anos 90, os negros escravos do Paraná passam a ser entendidos como sujeitos históricos, “que utilizam estratégias para conseguir o que querem.” (JCF)

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Paraná negro ganha toque de folhetim

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