A ambição da Associação Paranaense de Apoio à Criança com Neoplasia (APACN) é manter contato com as crianças que tiveram o câncer curado até que se tornem adolescentes e consigam o primeiro emprego. De acordo com a presidente da entidade, Mariza Del Claro, o mercado de trabalho costuma rejeitar candidatos que apresentam um histórico de câncer. "Se já existe desemprego de uma maneira geral, imagine para nossos pacientes. O histórico de câncer barra o preenchimento da vaga. O paciente, mesmo curado, não é considerado sadio", diz.
O médico Lizandro Ribeiro, oncologista pediátrico do Hospital Erasto Gaertner, de Curitiba, confirma que é grande a rejeição das empresas para pessoas com histórico de câncer infantil. "É uma visão equivocada. Após cinco anos sem manifestação da doença, o paciente é considerado curado. A chance de ter outro câncer é igual a de qualquer outra pessoa", esclarece. Segundo Ribeiro, na leucemia, que é o tipo de câncer mais comum nas crianças, a chance de cura gira em torno de 70% a 80%. "O tratamento de câncer infantil no Brasil tem índices semelhantes aos dos principais centros mundiais", destaca.
Em crianças, o tratamento dura em média dois anos. As seqüelas dependem da localização. Um retinoblastoma, por exemplo, pode causar a perda total da visão e um câncer ósseo, gerar a necessidade de amputação. "Quanto à alguma dificuldade de aprendizado que havia antigamente, o tratamento atualizado que os hospitais vêm empregando reduziu bastante as seqüelas", informa.
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