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Vídeo| Foto: TV Paranaense

Piraí do Sul – O primeiro santo brasileiro – que será canonizado hoje, numa megamissa campal em São Paulo, pelo papa Bento XVI – passou pelo Paraná e deixou marcas de fé e relatos de graças alcançadas. Para as 15 mil pessoas que todos os anos participam da procissão de Nossa Senhora das Brotas, em Piraí do Sul, nos Campos Gerais, a canonização do paulista Frei Santo Antônio de Sant’Ana Galvão só vai fortalecer a confiança que devotam há muito tempo.

Na cidade, ele já é santo há 199 anos, quando presenteou os moradores com a padroeira local. Em 1808, hospedou-se na casa de uma viúva, chamada Ana Rosa Maria da Conceição de Paula, a quem confiou uma estampa com a imagem de Nossa Senhora das Barracas, um dos títulos de Maria, em Portugal.

Frei Guido Hussmann, que escreveu um livro em 1964 sobre a história religiosa de Piraí do Sul, conta que Ana Rosa casou-se novamente e que na mudança a estampa caiu da carroça. Tempo depois, a imagem foi encontrada em um terreno que havia sido incendiado e onde a vegatação voltava a brotar. A moldura foi consumida pelo fogo, mas a estampa teve apenas as bordas chamuscadas. A preservação do desenho foi considerada um milagre e, em 1850, teve início a devoção a Frei Galvão e Nossa Senhora passou a se chamar das Brotas, em Piraí do Sul.

"Aqui ele já era santo", diz o padre Sílvio José Breginski, que nos seis anos em que está na cidade se acostumou a ouvir relatos de graças alcançadas.

Num terreno doado pela prefeitura, a poucos metros do Santuário de Nossa Senhora das Brotas, será erguido um santuário para Frei Galvão, no segundo semestre. O esboço do projeto está pronto e padre Sílvio José Breginski imagina que não vai gastar menos do que R$ 100 mil na obra. Ele já conseguiu cimento e tijolo e conta com arrecadação da festa junina para fazer a fundação. O espaço deve comportar 200 pessoas.

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