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Após a prisão de Sailsson José das Graças, de 26 anos, que confessou o assassinato de ao menos 42 pessoas, o delegado Pedro Medina, titular da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense, fez um apelo a parentes de mulheres que foram assassinadas a facadas ou por estrangulamento na região para que compareçam à delegacia. Segundo o delegado, que espera a ajuda de parentes nas investigações, o assassino descreve os crimes que cometeu com detalhes e frieza.

De acordo com a polícia, Sailson já foi preso por roubo a mão armada e ficou detido durante nove dias. Oito dias após ser solto, ele teria matado outra pessoa. No dia seguinte, foi preso novamente por porte de arma. Ainda de acordo com o delegado, até o momento três crimes confessados, com exceção do cometido na terça-feira, estão praticamente confirmados.

Pedro Medina disse Sailsson tem perfil de um psicopata, porque ele não esboça arrependimento. Nos crimes que ele cometia por encomenda, o criminoso matava a facadas. Também em conversa com o delegado, ele disse que quando matava por prazer ele estrangulava as vítimas. À polícia ele acrescentou que sabe que vai ficar 20 anos preso, mas que quando sair vai voltar a matar de novo.

Em sua página do Facebook, Sailsson possui fotos de 2012 e 2013. Algumas inclusive com amigos. Poucos amigos, a maioria mulheres, o que chama a atenção são os filmes que ele curte: a maioria de terror e sobre assassinatos.

Autor escolhia vítimas aleatoriamente

Em seu depoimento Sailson afirmou que começou a matar aos 17 anos, quando já praticava roubos e furtos. Ao assassinar uma mulher, contou que "deu uma adrenalina" e que a partir daí não conseguiu mais parar. Questionado pela polícia se teve algum trauma de infância, ele somente falou que teve uma decepção aos 11 anos no momento em que o pai foi demitido do trabalho. O acusado afirmou ainda que começou a pensar em crimes aos 15 anos, quando praticou alguns roubos. Depois, veio a ideia de matar.

Frio e calculista, Sailsson disse à polícia que escolhia as vítimas aleatoriamente em bares, praças e padarias. Ele procurava ser amigo e descobrir o local de moradia da vítima. O criminoso disse ainda que não matava mulheres negras pelo fato de ele próprio ser negro, e confirmou que estudava o comportamento e o hábito das vítimas durante até um mês.

"Eu saía de casa e falava: 'É o dia da minha caçada, vou fazer o meu trabalho'. Quando eu não fazia (matava) eu ficava nervoso, aí tinha que sair de novo", disse

Presa em flagrante junto com Sailsson pelo assassinato de uma mulher na última terça-feira (9), Cleusa Balbina de Paula era companheira do serial killer. Ela, segundo Sailsson, tinha conhecimento de todos os crimes cometidos. Segundo a polícia, os quatro últimos assassinatos de Sailsson foram a mando de sua mulher, por motivo de vingança.

Para a polícia, Sailsson confessou que tinha prazer em ver suas vítimas se debatendo no momento da morte, gostava de ser arranhado pelas vítimas e regozijava-se ao ver "mulheres mortas com olhos abertos".

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