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Segundo a polícia, a gasolina era levada até o Rio de Janeiro onde era adulterada

Onze pessoas foram presas durante uma operação da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados realizada nesta terça-feira (28) no Rio de Janeiro para desarticular uma quadrilha que desviava combustíveis e lucrava por mês cerca de R$ 200 mil. Um homem foi preso em Colombo, na região metropolitana de Curitiba, suspeito de participar da quadrilha.

O homem preso no Paraná é um motorista de uma transportadora de Colombo. Segundo a polícia, a gasolina era levada até um galpão no Rio de Janeiro. Metade do combustível era misturada com água e revendida. De acordo com as investigações, que duraram seis meses, a empresa em que ele trabalhava não tem nenhuma ligação com o esquema.

Entre os presos do Rio de Janeiro, está o policial civil Oscar dos Santos Silva, que, segundo a polícia, era o chefe da quadrilha. Os policias cumpriam nove mandados de prisão e 16 de busca e apreensão expedidos pela Justiça do Rio de Janeiro.

Os agentes interditaram dois galpões que funcionavam perto da prefeitura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Em um deles, os policiais encontraram um caderno, com informações da quadrilha, jogado dentro de um vaso sanitário. A operação foi realizada também em Araruama, na Região dos Lagos, e em Rio Bonito, na Região das Baixadas Litorâneas.

O delegado Eduardo de Freitas, que coordenou a operação, disse que o grupo contava com a colaboração de motoristas de caminhão, que transportavam diversos tipos de combustível. Segundo ele, antes do material chegar aos postos de gasolina, eles desviavam 200 litros de combustível de cada caminhão para a quadrilha, que comercializava o produto de forma aparentemente legal.

Motoristas envolvidos com a quadrilha recebiam uma carga de combustível para entregar em determinado local e, antes de fazer a entrega, eles passavam em um depósito e retiravam 200 litros de combustível. Essa quantidade passava despercebida na hora em que o dono do posto recebia o produto, porque o caminhão comporta até 30 mil litros e a quantidade retirada não aparecia na régua que marca a quantidade de combustível. Esse combustível era levado para uma fabriqueta onde era embalado com a marca da quadrilha. Assim, o óleo diesel ou a gasolina passavam a ter uma suposta origem lícita, relatou o delegado.

Os presos vão responder por formação de quadrilha, furto e crime contra a ordem econômica.

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