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Atualizado em 02/11/2005 às 16h45

A menina de um ano que foi atingida na cabeça por um tiro, disparado pelo pai, Mirton José Medeiros, 35 anos, apresenta quadro estável. G.M passou por uma cirurgia, no início da tarde desta terça-feira (1), para controlar a pressão intracraniana.

De acordo com a assessoria do Hospital Cajuru, onde G.M está internada, a menina está entubada, sedada e respirando com o auxílio de aparelhos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Nesta quarta-feira, a menina deve passar por uma tomografia de controle. G.M segue internada sem previsão de alta.

CrimeMirton José Medeiros, 35 anos, que mantinha relações sexuais com a própria filha, Daniele Medeiros, de 15 anos, e com ela tinha dois filhos, suicidou-se após atirar em uma das crianças e matar a adolescente. O crime ocorreu na manhã desta terça-feira, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba.

A menina, G.M, de um ano, atingida na cabeça por um tiro, foi levada ainda com vida para o Hospital Cajuru. A criança foi submetida à uma cirurgia. De acordo com a assessoria do hospital, a menina será transferida para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Ocorrência

Por volta das oito horas, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar foram chamados para uma ocorrência na Colônia Rio Grande. Lá, encontraram os corpos do homem e da garota e o bebê gravemente ferido com um tiro na cabeça.

Segundo a polícia, Medeiros teria atirado com um revólver contra sua filha e o bebê. Medeiro tem outro filho de 30 dias com Daniele, que nasceu prematura e está sob a guarda do Conselho Tutelar.

Relação incestuosa

De acordo com o delegado chefe da Delegacia Central de São José dos Pinhais, Osmar Dechiche, responsável pelo caso, Medeiros já estava sendo investigado tanto pela polícia quanto pela Delegacia da Mulher pela relação incestuosa com a filha. Havia suspeita de abusos sexuais constantes contra a adolescente. "A Daniele foi quem denunciou. Ele (Medeiros) já tinha sido intimado duas vezes para fazer o exame de DNA, que comprovaria a paternidade, mas não apareceu e estava foragido", disse.

"Hoje (terça) ele apareceu na casa e convidou a Daniele e a filha para comer doce num bar. Ao voltar para casa, ele disparou contra as duas e depois se suicidou", complementou o delegado.

A mulher de Medeiros, mãe de Daniele, morreu de causa natural há dois meses, depois de ficar por quase três anos sem se levantar da cama.

A polícia já instaurou um inquérito para apurar o crime e tem 30 dias para enviar o relatório para o Poder Judiciário, que por sua vez encaminha para o Ministério Público. Para Dechiche, a causa do crime foi a "pressão" que Medeiros sentiu ao ser intimado para comparecer na delegacia. "Além disso, acredito que a relação com a filha pode ter contribuído", disse o delegado.

Os corpos de Medeiros e Daniele foram levados para o Instituto Médico Legal (IML).

Errata: A primeira informação divulgada pela polícia dizia que a sobrevivente da tragédia era uma adolescente e não um bebê e a assassinada seria uma mulher e não uma menina de 15 anos. A informação foi corrigida depois.

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