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Manoel Dias passava pela calçada no bairro Água Verde quando foi surpreendido pelo galho da árvore: fatalidade | Marcelo Elias/ Gazeta do Povo
Manoel Dias passava pela calçada no bairro Água Verde quando foi surpreendido pelo galho da árvore: fatalidade| Foto: Marcelo Elias/ Gazeta do Povo

Chuva

Inundações isolam Roraima

Roraima está isolado do restante do Brasil devido às fortes chuvas que castigam a região. Na pior cheia já registrada, os rios Branco e Anauá transbordaram e interditaram em dois pontos a BR-174, que liga o estado ao Amazonas. Na capital Boa Vista, bairros como o Caetano Filho estão submersos e 400 pessoas, desabrigadas ou desalojadas. O temor de desabastecimento formou filas em postos de combustível. A gasolina já está falta. Também é escassa a oferta de frutas e verduras regionais.

A situação é mais grave em 14 municípios do interior, onde todas as estradas federais estão bloqueadas, devido às inundações ou rompimento de bueiros. Com as vicinais intransitáveis, comunidades inteiras estão isoladas. Padecem ainda com a falta de energia elétrica, pois não há combustível para ligar os motores das usinas termelétricas. A Defesa Civil estima que precisa de R$ 29 milhões para recuperar os estragos em obras de infraestrutura.

No último domingo, o governador Anchieta Júnior (PSDB) decretou estado de calamidade pública e antecipou o recesso escolar do meio do ano. O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, deve sobrevoar a região amanhã.

Agência Estado

A formação de um ciclone extratropical sobre o Sul do país ontem provocou fortes rajadas de vento nos três estados e também em áreas de São Paulo e do Mato Grosso do Sul. Um ciclone extratropical é uma área de baixa pressão atmosférica intensa, que força uma circulação de ventos no sentido horário. O fenômeno é reflexo da frente fria que atravessou a região.

Em Curitiba, os ventos chegaram a 66 quilômetros por hora (km/h), segundo o Instituto Tecnológico Simepar, e provocaram estragos e uma morte. Por volta de 12h30, o galho de uma árvore no bairro Água Verde caiu e atingiu um homem de 89 anos. O idoso, identificado como Manoel Donha Dias, morreu no local. A fatalidade ocorreu na Rua Guilherme Pugsley, no cruzamento com a Rua José Cadilhe. Uma equipe do Siate foi até local para tentar socorrer o idoso, mas ele não resistiu aos ferimentos.

Houve registro de queda de árvores ainda nos bairros Cabral, Pilarzinho, Portão, Barreirinha, Campo Comprido e Bigorrilho. Em Almirante Tamandaré, na região metropolitana, a queda de um eucalipto bloqueou parcialmente o trânsito na Rua Pedro Jorge Kotoviski, no bairro Botiatuva. Segundo o Corpo de Bombeiros, uma casa ficou destelhada na Vila Dom Pedro II, em Campo Largo.

A chuva também complicou o trânsito. Algumas ruas ficaram alagadas e semáforos se desligaram nos bairros Santa Felicidade, São Francisco, Centro Cívico, Portão e Água Verde.

Na serra catarinense, os ventos chegaram a 109 km/h na cidade de Urubici. No Rio Grande do Sul, as rajadas mais fortes foram registradas em São Borja e Santiago, de 74 km/h e 88 km/h, respectivamente.

Hoje, por causa da atuação do ciclone extratropical ao largo da costa da Região Sul, o vento sopra forte especialmente no litoral, com rajadas podendo chegar a 80 km/h.

Aviões

Em São Paulo, a ventania chegou a 120 km/h (marca que o vento também pode atingir no interior de tornados fracos), o que fez a Aeronáutica emitir um alerta meteorológico para os pilotos que fossem usar os aeroportos de São Paulo.

O vento forte fez ao menos quatro aeronaves abortarem a aterrissagem no aeroporto de Guarulhos. Foram dois aviões da Gol, um da TAM e outro da South African Airways. O voo 1746 da Gol, de Curitiba, chegou a arremeter duas vezes.

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