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Marcão vibra após marcar diante do Ceará | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Marcão vibra após marcar diante do Ceará| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

BicicletadaUma multidão formada por mais de dois mil ciclistas tomou conta de diversas ruas centrais de Curitiba, na noite de sábado (22), durante a Marcha das 2.012 Bicicletas, que faz parte das atividades do Dia Mundial sem Carro. O grupo pedalou da Praça Santos Andrade em um trajeto de 10 quilômetros que se encerrou na Praça 19 de Dezembro, às 21h, onde até o "Homem Nu" ganhou uma bicicleta gigante.

O objetivo da marcha foi pedir mais respeito no trânsito e chamar a atenção do poder público para os problemas encontrados pelos ciclistas, explicou o coordenador geral da Associação de Ciclistas do Alto Iguaçu (CicloIguaçu), que organizou a marcha, Goura Nataraj. "Queremos uma atuação mais presente do poder público. Curitiba já tem a cultura das bicicletas, só falta a prefeitura agir de forma mais efetiva, para incentivar e garantir a segurança do ciclista", disse.

» Veja o trajeto realizado na Marcha das 2.012 Bicicletas em Curitiba

A ideia surgiu de forma natural, segundo Nataraj. "Fazemos bicicletadas desde 2005 para manifestar por uma cidade mais humana. No Dia Mundial sem Carro do ano passado decidimos fazer uma bicicletada extra, com o objetivo de reunir mil pessoas e apareceram 1.500. Resolvemos repetir", afirmou.

A expectativa era de que três mil pessoas participassem da marcha, para promover a maior bicicletada já registrada no Brasil, superando o recorde de dois mil ciclistas da Massa Crítica de Porto Alegre, durante o Fórum Mundial da Bicicleta em fevereiro deste ano. Ainda não há números que comprovem que a meta foi atingida, mas a organização garante que a conta passou dos 2.012 participantes. Cartões numerados foram entregues durante a concentração na Praça Santos Andrade para fazer um controle dos participantes. Além disso, o cartão também era um cupom para participar do sorteio de uma bicicleta.

Para todas as idades

Homens e mulheres de todas as idades aguardavam o início da marcha, por volta das 18h. A chefe de cozinha Luciane Brito, 33 anos, contou que é a primeira vez que participa de um evento assim. "Eu apoio a causa e estou abandonando o carro cada vez mais. E também é um ótimo exercício físico", disse. Ela mora no São Lourenço e disse que faz o trajeto até o Centro em aproximadamente 15 minutos, mas ainda vê muito desrespeito e falta de estrutura.

O técnico eletrônico Silvio Aranda, 43 anos, foi à marcha acompanhado da filha dele, Vitória Aranda, de 15 anos. Ele disse que sempre participa dos passeios noturnos, às terças-feiras, e usa a bicicleta mais para o lazer. "Com relação ao lazer, a maior dificuldade que eu vejo é o compartilhamento das ciclovias, que são calçadas asfaltadas e precisam ser divididas entre pedestres e ciclistas", declarou.

A psicóloga Maria Helena Souza, 53 anos, foi incentivada por uma amiga e usa a bicicleta para a locomoção diária no bairro dela. Ela conta que já foi vítima de desrespeito no trânsito. "Um carro me fechou, eu caí com a bicicleta e ele ainda saiu rindo".

Confira o trajeto da Marcha das 2.012 Bicicletas

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