O pedreiro Paulo Sérgio Silva pulou do sofá ao ouvir o estalo que antecedeu ao desabamento de sua casa, na comunidade Torre Branca, no Rio Comprido, sábado, por volta das 21h30. Correu para o quarto. A mulher, Valdete Santos da Silva, com quem Silva assistia à televisão, não teve a mesma agilidade e foi soterrada.

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A filha de 10 anos estava no banheiro e ele conseguiu resgatá-la. A menina quebrou um braço e machucou as pernas. "Salvei minha filha, mas deu uma avalanche e minha mu­­lher ficou. Isso foi numa fração de segundos", lamentava, ontem à tarde.

A família é vizinha de cima da moradora Roseane Coelho Mon­teiro Lima, também morta no desabamento, e nunca havia sido alertada pela Defesa Civil Municipal de que corria perigo, disse o pedreiro.

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Silva acompanhou o trabalho de resgate dos dois corpos dos escombros. O da vizinha foi encontrado de manhã; o da mulher dele, só à tarde. Ele não falou com o prefeito do Rio, que passou por lá por volta das 9 horas. "Eu nem queria mesmo falar com ele. O prefeito tem de parar com esse negócio de quebrar a banca de quem está trabalhando honestamente, de tirar os vendedores das praias, e olhar para essas encostas", criticou. (AE)

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