O pedreiro Paulo Sérgio Silva pulou do sofá ao ouvir o estalo que antecedeu ao desabamento de sua casa, na comunidade Torre Branca, no Rio Comprido, sábado, por volta das 21h30. Correu para o quarto. A mulher, Valdete Santos da Silva, com quem Silva assistia à televisão, não teve a mesma agilidade e foi soterrada.
A filha de 10 anos estava no banheiro e ele conseguiu resgatá-la. A menina quebrou um braço e machucou as pernas. "Salvei minha filha, mas deu uma avalanche e minha mulher ficou. Isso foi numa fração de segundos", lamentava, ontem à tarde.
A família é vizinha de cima da moradora Roseane Coelho Monteiro Lima, também morta no desabamento, e nunca havia sido alertada pela Defesa Civil Municipal de que corria perigo, disse o pedreiro.
Silva acompanhou o trabalho de resgate dos dois corpos dos escombros. O da vizinha foi encontrado de manhã; o da mulher dele, só à tarde. Ele não falou com o prefeito do Rio, que passou por lá por volta das 9 horas. "Eu nem queria mesmo falar com ele. O prefeito tem de parar com esse negócio de quebrar a banca de quem está trabalhando honestamente, de tirar os vendedores das praias, e olhar para essas encostas", criticou. (AE)
- 929 pessoas afetadas no estado
- Risco de ciclone no Sul
- Afundamento de pista fecha trecho da BR-376
- Trégua do temporal não garante retorno
Um guia sobre a censura e a perseguição contra a direita no Judiciário brasileiro
Afastar garantias individuais em decisões sigilosas é próprio de regimes autoritários
Justiça suspende norma do CFM que proíbe uso de cloreto de potássio em aborto
Relatório americano expõe falta de transparência e escala da censura no Brasil