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Qual o poder de uma reportagem? Na Escola Municipal Antônia Alminda de Andrade (foto), em Piên, na Região de Curitiba, a matéria da Gazeta do Povo “Hortas urbanas e cidadania no nosso quintal” transformou a rotina de alunos, professores, pais e toda a comunidade.

Em uma das aulas em que o jornal era utilizado como recurso pedagógico, alunos do 4º ano notaram um cenário que incomodou: eles não contavam com uma horta e o espaço que poderia abrigar alguma estava longe do ideal. “Nossa escola era fria, pouco aconchegante. Não tinha uma flor”, lembra a coordenadora pedagógica, Sabrina Stahelin.

A dificuldade incentivou o desejo de mudança e, em poucos dias, a ideia de revitalizar o jardim e criar um local para cultivar legumes e verduras que incrementariam a merenda escolar foi posta em prática. Por seis meses, com o apoio da Prefeitura e da Secretaria de Educação, crianças, pais e educadores arregaçaram as mangas e fizeram o canteiro. Outros dois, para flores ornamentais e plantas medicinais, também foram criados graças ao apoio de comerciantes locais. “Trabalhamos com os alunos o gênero carta e fomos entregá-las pessoalmente. Os pedidos foram lidos e, rapidamente, recebemos várias ligações confirmando o apoio. Foi muita alegria!”, conta Sabrina.

Vivendo o aprendizado

Para entender mais do assunto, as crianças tiveram aulas sobre alimentação saudável com uma nutricionista e visitaram hortas modelos, plantações hidropônicas, floriculturas e até uma quitanda. Os passeios aconteciam a cada quinzena ou mês, com um ônibus cedido pela prefeitura. Segundo a coordenadora, muitos pais a procuraram para compartilhar o entusiasmo dos filhos. Numa noite, como forma de agradecimento, os apoiadores foram convidados a experimentar um café com os produtos cultivados.

Mobilização

No total, 320 alunos e 16 professores se envolveram no projeto, mas ele não foi o único incentivado pela escola, que foi finalista da categoria Mobilização do Concurso Cultural Ler e Pensar do ano passado.

A possibilidade de trabalhar a interdisciplinaridade com o jornal permitiu com que alunos menores desenvolvessem a capacidade de leitura e compressão e produzissem um mural fixado no hall da escola, com criações que eles mesmos faziam.

Outra turma, de crianças entre 10 e 11 anos, criou um telejornal em que apresentava mensalmente aos colegas notícias sobre a escola e os trabalhos que desenvolviam. “A Gazeta criou um elo forte entre os conteúdos dos programas escolares e a realidade local. Permitiu a consolidação da cidadania”, conclui Sabrina.

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