O secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, disse nesta terça-feira (22) ao portal de notícias G1 que o ex-médico Hosmany Ramos permanece preso na Islândia, onde aguarda a manifestação da Justiça daquele país sobre o pedido de extradição apresentado pelo governo brasileiro.
A princípio, ele ficaria detido na Islândia somente até o último dia 11, prazo inicialmente definido para a prisão temporária de Hosmany. No entanto, como o Brasil pediu a extradição antes do prazo, as autoridades islandesas mantiveram o ex-médico na cadeia. Ele foi preso no dia 13 de agosto na Islândia ao tentar embarcar com passaporte falso, segundo a Polícia Federal.
"Ele continua preso. O Brasil aguarda oficialmente a manifestação da Justiça [da Islândia] a respeito do processo de extradição. É um ato soberano deles. Só temos que aguardar mesmo. Esperamos algum tipo de sinal nos próximos dias", disse Tuma Júnior, por telefone. Ele se encontra em viagem oficial a Cuba. O secretário acrescentou que não sabe a data certa em que o país deve obter uma resposta.
Procurado pelo G1, o editor Luiz Fernando Emediato, da editora responsável pela publicação de três livros escritos por Hosmany Ramos, não foi localizado para comentar o assunto, pois estava em uma reunião.
No Brasil, Hosmany Ramos foi condenado a 43 anos de prisão por homicídio, sequestro e roubo. Preso desde 1981, ele cumpria pena no interior paulista. Depois de ser beneficiado por um indulto de natal no fim do ano passado, ele fugiu do país. Desde então, Hosmany é considerado foragido da Justiça brasileira.
Como o Brasil não tem acordo bilateral de extradição com a Islândia, o governo trabalha com a possibilidade da reciprocidade para que o ex-cirurgião seja trazido de volta ao país para cumprir a pena que vence em 2029.
Segundo a Secretaria Nacional de Justiça, o prazo do processo de extradição vai depender apenas das autoridades islandesas, já que o Brasil pretende colaborar de todas as formas para que Hosmany seja extraditado. A Secretaria Nacional de Justiça informou ainda que, uma vez concedida a extradição, o governo brasileiro buscará o ex-cirurgião "o mais breve possível".
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