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Hospital Cajuru é uma das entidades que cobram o repasse de dinheiro da prefeitura. | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Hospital Cajuru é uma das entidades que cobram o repasse de dinheiro da prefeitura.| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Insatisfeitos com o atraso no repasse de verbas federais, hospitais filantrópicos de Curitiba ameaçam paralisar os serviços de atendimento médico eletivo no dia 15 de janeiro de 2016. Em nota, as entidades cobram R$ 22 milhões contratualizados que deveriam ter sido repassados pela prefeitura de Curitiba desde outubro. Por meio da assessoria de imprensa, a prefeitura informa que o Governo Federal garantiu que já fez o repasse e que os valores devem estar na segunda-feira (21) na conta. A prefeitura garante que deve efetuar o pagamento aos hospitais até a próxima quarta-feira (23).

Segundo a assessoria do Hospital Cajuru e da Santa Casa de Curitiba, a suspensão do atendimento só deve ocorrer se o compromisso da prefeitura não for cumprida.

Dívida com cada instituição

Hospital Pequeno Príncipe: R$ 2.889.000,00

Hospital Erasto Gaertner: R$ 4.296.912,20

Santa Casa: R$ 6.104.000,00

Hospital Universitário Cajuru: R$ 7.733.000,00

Na nota, os hospitais Erasto Gaertner, Pequeno Príncipe, Santa Casa de Curitiba e Universitário Cajuru cobram valores referentes ao Teto Financeiro Mensal desde outubro de 2015. A prefeitura deveria ter realizado o repasse às entidades que possuem contrato fixo para o recebimento do recurso.

A assessoria da prefeitura justificou o atraso alegando que ainda não tinha recebido o dinheiro do governo federal e que, portanto, não teria como fazer o repasse aos hospitais. Ainda segundo a assessoria, o governo federal diz realizou o pagamento na sexta-feira (18) e que assim que o dinheiro for liberado efetuará o pagamento, o que deve ocorrer até quarta.

Segundo a assessoria do Hospital Cajuru e da Santa Casa, o repasse feito pela prefeitura demora sempre alguns dias para acontecer, por isso estão em constante negociação sobre o assunto. A situação atual, porém, foi considerada mais crítica, já que o pagamento não é feito desde outubro.

Os quatro hospitais ainda alertam que o atraso prejudica o planejamento financeiro e também o pagamento aos médicos, funcionários e fornecedores. A assessoria do Cajuru e da Santa Casa também informou que a paralisação teria sido marcada apenas para janeiro como um alerta de que a situação, se persistissem os atrasos, ficaria insustentável a partir desse período.

Números

Se a paralisação prevista para a metade de janeiro for mantida, o reflexo direto nas instituições é a suspensão dos seguintes serviços: no Pequeno Príncipe, 690 cirurgias eletivas por mês e seis mil consultas mensais; no Erasto Gaertner, 45 avaliações de novos pacientes por dia; no Cajuru, 420 cirurgias eletivas e 7500 consultas; e na Santa Casa, 550 cirurgias e 11500 consultas.

Colaborou Getulio Xavier.
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