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A diária média paga para leitos psiquiátricos em hospitais gerais é de R$ 56, maior que a destinada a instituições especializadas. Se o hospital geral tiver um serviço especializado para o tratamento dependente de álcool e outras drogas (o Serviço Hospitalar de Referência para Álcool e Drogas), o valor aumenta, chegando a R$ 130 para desintoxicação aguda e a R$ 65 para o tratamento de dependência. No ano passado, os valores repassados por esses serviços tiveram um reajuste médio de 31% – já as diárias destinadas aos atendimentos psiquiátricos não se alteraram.

O administrador da Clínica Santa Cruz, Israel Antônio dos Santos, reclama da disparidade. "Os hospitais gerais ganham mais, mas na prática fazem tudo para não receber um paciente psiquiátrico, porque ele não pode ser colocado com outros, ‘ocupa espaço demais’", afirma.

Em nota, Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) reforça a ideia de que o tratamento para dependentes de crack não funciona em hospitais gerais e critica a preferência dada para esse tipo de instituição no recém-lançado Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack, anunciado no dia 20 de maio pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A ABP se opõe a qualquer ação classificada como "redução de danos" e insiste no fortalecimento da rede como um todo, inclusive dos hospitais especializados, e também na prevenção, tendo em vista que os mais atingidos pelo crack e outras drogas são os adolescentes. Atualmente, há 166 hospitais gerais com leitos psiquiátricos no Paraná.

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