Funcionários dos estabelecimentos privados de saúde de Curitiba e região metropolitana entram em greve a partir da manhã de hoje, por tempo indeterminado. A categoria é composta por 10 mil pessoas que trabalham em 2,5 mil estabelecimentos, 80 deles são hospitais.
De acordo com o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Curitiba e Região Metropolitana (Sindesc), no entanto, nem todos os empregados vão cruzar os braços imediatamente. Apenas um ou dois hospitais, considerados estratégicos, paralisarão as atividades a cada dia. E ainda assim o sindicato promete respeitar a lei que exige o funcionamento de 30% de serviços essenciais. Hoje, às 6h30, a paralisação começa apenas no Hospital Cajuru. Durante o piquete, serão decididos os próximos estabelecimentos cujos funcionários vão parar.
A decisão pela greve foi tomada em assembléia no último dia 21. Num primeiro momento, os funcionários pleitearam um reajuste salarial de 28% e, depois de 17%. Os patrões, representados pelo Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado do Paraná (Sindipar) ofereceram, por sua vez, um aumento de 3,34%.
"Nós tentamos ceder e mesmo assim eles bateram o pé em 3,34%", afirma a presidente do Sindesc, Isabel Cristina Gonçalves. Ela acrescenta que alguns hospitais fizeram propostas melhores que os 3,34% e o sindicato pode negociar isoladamente com esses estabelecimentos. "Não temos como dar o aumento que eles pleiteiam, sob o risco de mais hospitais fecharem as portas ou termos que demitir funcionários. O Sistema Único de Saúde não reajusta a tabela há dez anos", explica o presidente do Sindipar, José Francisco Schiavon.
A categoria é formada por trabalhadores da área técnica, enfermeiros, auxiliares, copeiros, demais trabalhadores da cozinha, limpeza e outros setores de funcionários do nível médio.
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