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Últimos retoques: na próxima semana, ala voltada às crianças será inaugurada | Rodolfo Bührer/Gazeta do Povo
Últimos retoques: na próxima semana, ala voltada às crianças será inaugurada| Foto: Rodolfo Bührer/Gazeta do Povo

Estrutura

O novo serviço tem:

• 1.130 m2 de área.

• Serviços de ambulatório, ecocardiografia e eletrocardiografia.

• Materiais que facilitam a limpeza, reduzem os riscos de contaminação e o consumo de energia.

Sistema de ar-condicionado que não permite que partículas contaminantes entrem no ambiente.

Brinquedoteca.

A cada mil bebês que nascem, de 8 a 10 sofrem de algum problema no coração. Em 35% dos casos é necessário tratamento cirúrgico ainda no primeiro mês de vida. Sem a identificação da alteração, metade acaba morrendo até 30 dias depois de nascer e o restante muitas vezes não chega a completar o primeiro ano de vida. Levando em conta o número de nascimentos registrados no país, que é de pouco mais de 3 milhões de bebês ao ano, aproximadamente 30 mil bebês estariam sujeitos a ter alguma complicação cardíaca.

É para melhorar o diagnóstico e tratamento das cardiopatias congênitas que o Hospital Cardiológico Costantini inaugura na próxima semana o serviço de cardiopediatria. O novo projeto vai ocupar um andar inteiro do hospital. São 1.130 metros quadrados de área exclusiva para o atendimento infantil. Inicialmente o serviço contará com setor ambulatorial, ecocardiografia e eletrocardiografia. Futuramente o espaço terá toda a estrutura de internamento e UTI.

De acordo com o cardiologista pediátrico especialista em cardiologia fetal, Nelson Miyague, que coordenará a equipe, os problemas congênitos são a segunda causa de morte entre crianças, ficando atrás apenas da prematuridade. Em 50% dos casos, a má-formação está no coração. "Os avanços nas técnicas nos últimos 30 anos permitem que hoje o diagnóstico e até mesmo o tratamento sejam feitos antes mesmo do nascimento, no útero da mãe", conta o médico.

Segundo ele, a cardiopatia mais freqüente entre os bebês é a chamada transposição das grandes artérias, quando a aorta e a artéria pulmonar são invertidas. "Sem tratamento o bebê morre. Com o diagnóstico precoce, ele é operado nos primeiros dias de vida", explica. Em alguns casos, dependendo do problema, nem é preciso fazer cirurgia, apenas a administração de medicamentos para a mãe é suficiente.

O serviço pretende também acompanhar as crianças ao longo dos anos para monitorar e tratar possíveis complicações que venham a aparecer na adolescência e vida adulta. "Hoje a sobrevida dessas crianças está muito mais alta, eles estão vivendo 20, 30 anos e isso faz com que surjam problemas que antigamente não conhecíamos", diz.

O projeto prevê ainda o atendimento, em determinados dias, para a população carente. O hospital é particular, e não atende pacientes do SUS, mas aplicará parte dos recursos arrecadados no atendimento desses pacientes.

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