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 | Marcelo Elias/Gazeta do Povo/Arquivo
| Foto: Marcelo Elias/Gazeta do Povo/Arquivo

O Hospital Erasto Gaertner, em Curitiba, abriu sindicância para apurar se houve erro na cirurgia de rim da pensionista Dirce Marques Vianna Costa, de 75 anos, internada no dia 12 de fevereiro para tratamento de um tumor. Segundo a família da pensionista, ela deu entrada no hospital com indicação de que deveria retirar o rim esquerdo, mas acabou tendo o direito extraído. O hospital emitiu nota contestando as informações divulgadas pelos parentes de Dirce e alegando que exames indicavam lesões nos dois rins.

Leia a íntegra da nota do Hospital Erasto Gaertner

Foi a fotógrafa Sônia Vianna Landeo que percebeu que algo poderia estar errado na cirurgia da mãe ao ver a marca da operação no lado direito do abdome. Ela procurou a direção e afirma que os problemas teriam sido admitidos em uma reunião na quinta-feira (18). “Lamento que o hospital fale uma coisa para mim e outra para a imprensa”, disse Sônia. O hospital nega que tenha reconhecido o erro.

Ela conta que a mãe descobriu o tumor no final do ano e que foi informada que a retirada do órgão seria suficiente. Também teria ouvido da equipe médica que não teria a vida comprometida seriamente, tendo em vista que ainda ficaria com um rim.

O órgão do lado direito tinha um cisto e uma pedra, mas nada que comprometesse o funcionamento, segundo a família. Agora os esforços são para melhorar as condições de saúde de Dirce, com tratamentos adicionais. Ainda não se sabe se o caso dela poderia ser resolvido com um transplante. A família ainda espera se encontrar com o médico que comandou a cirurgia, para ouvir explicações. A informação que receberam é de que ele estaria viajando, fora do Brasil, e que assim que retornasse uma reunião emergencial seria realizada.

Sônia fez um chamado em redes sociais, convidando pessoas vestidas de azul – a cor preferida de Dirce – a irem ao estacionamento do hospital às 10 horas da manhã deste sábado (20). Como a pensionista recém-operada não pode sair do quarto, fotos serão enviadas para ela.

Hospital nega que houve erro de lateralidade em cirurgia

Confira a nota enviada pelo Hospital Erasto Gaertner na íntegra:

Diante das veiculações na mídia a respeito de suposta irregularidade ocorrida em procedimento cirúrgico em paciente do Hospital Erasto Gaertner, a instituição vem a público informar que:

1. Ao contrário do que foi veiculado, não houve erro de lateralidade, ou seja, de ter sido realizada por engano a cirurgia no rim direito ao invés do esquerdo.

2. A equipe médica que tratou da paciente tinha conhecimento da presença de lesões suspeitas para neoplasia em ambos os rins. Os exames de imagem (tomografia) - o primeiro realizado em outra instituição e trazido pela paciente, e também outro novo exame, realizado no Hospital Erasto Gaertner - comprovam que existiam lesões no rim esquerdo e também no rim direito.

3. Foi explicado para a paciente e sua família que a lesão renal direita poderia não ser cancerígena e que o sangramento poderia persistir, caso a causa fosse outra.

4. A cirurgia realizada foi proposta em âmbito ambulatorial, com o consentimento da paciente e de dois familiares.

5. O hospital segue o Protocolo de Cirurgia Segura.

O Hospital Erasto Gaertner tem em sua missão o combate ao câncer com ciência, humanismo e afeto e é reconhecido pelo Ministério da Saúde como referência no tratamento de câncer no sul do país. Somente no ano de 2015, foram realizadas mais de sete mil cirurgias, mais de 200 mil aplicações de radioterapia e cerca de 63 mil doses de quimioterapia. A instituição realizou, ao todo, mais de um milhão e 300 mil procedimentos, sendo 93% deles via Sistema Único de Saúde (SUS).

O Hospital reitera, mais uma vez, que está prestando toda assistência à paciente e seus familiares, e que está apurando os fatos internamente por meio de uma sindicância. Caso seja comprovada qualquer irregularidade no atendimento prestado serão tomadas as providências necessárias, como sempre foi a postura do Hospital Erasto Gaertner.

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