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Servidores de Curitiba prometem paralisação

Os servidores municipais de Curitiba prometem realizar uma paralisação de 24 horas na próxima segunda-feira (20). Os funcionários querem que os valores pagos sob a forma de gratificação sejam incorporados aos salários. O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc) informou que serão mantidos contingentes mínimos de servidores em todos os postos de trabalho.

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O Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) vai atender apenas casos de urgência e emergência durante a greve dos técnicos administrativos. Nesta quinta-feira (16) o hospital funcionou normalmente. No entanto, os reflexos da paralisação devem começar a ser sentidos a partir desta sexta-feira (17). As cirurgias eletivas – procedimentos que não têm caráter de urgência – estão sendo adiadas.

A greve começou na quarta-feira (15). A adesão era pequena no HC, de acordo com a assessoria de imprensa do hospital. Todas as cirurgias que estavam agendadas para esta quinta-feira foram realizadas. Em uma reunião entre o comando de greve e o vice-reitor da UFPR, Rogério Andrade Mulinari, realizada neste tarde, ficou definido que o HC não aceitará nenhum atendimento eletivo durante a paralisação.

Os pacientes já internados e os casos de urgência continuarão sendo atendidos normalmente. Segundo o HC, os pacientes que estavam com cirurgias eletivas agendadas estão sendo informados que terão de aguardar. Na reunião também ficou definido, segundo a UFPR, que os servidores que estão na organização do 21º Festival de Inverno de Antonina seguem trabalhando.

O evento ocorre entre os dias 9 e 16 de julho. Na próxima segunda-feira (20) começam as inscrições para as oficinas. Nesta edição, o festival estará voltado para a reconstrução da cidade, atingida por fortes chuvas no mês de março.

Ainda não foi definido se os restaurantes universitários serão fechados. Por enquanto, apenas o R.U. Central não está atendendo. Uma assembleia dos servidores será realizada nesta sexta-feira.

Reivindicações

De acordo com a diretora de imprensa do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Estado do Paraná (Sinditest-PR), Carla Cobalchini, durante a reunião com o vice-reitor, foi entregue a pauta local com as reivindicações. Os servidores querem a reabertura de 130 leitos o HC, que teriam sido fechados por falta de pessoal.

Além disso, os técnicos administrativos pedem que o governo federal estabeleça e coloque em prática um plano de cargos e salários para a categoria. Outra reivindicação é o aumento do piso salarial de R$ 1.034 para R$ 1.635, o equivalente a três salários mínimos, e o aumento de benefícios como o vale-alimentação, além da correção de distorções.

Cerca de 3,4 mil técnicos administrativos são servidores da UFPR ─ 1,9 mil deles lotados no Hospital de Clínicas. Em todo o país, a categoria reúne mais de 180 mil trabalhadores.

Na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) são 904 técnicos administrativos espalhados em 12 campi em todo estado. A assessoria de imprensa informou que a adesão é pequena e não afeta nenhum serviço a instituição.

Outra greve

Os servidores já tinham entrado em greve em 28 de março. Aquela paralisação foi suspensa em 1º de abril. Os técnicos administrativos reivindicavam piso salarial de 1,8 salário mínimo para três salários. A greve também foi motivada pelo projeto de lei que prevê o congelamento dos salários do funcionalismo público por dez anos, segundo o Sinditest-PR.

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