No Hospital de Clínicas (HC), o maior do Paraná e quarto do Brasil, com média mensal de 71 mil consultas e 1.734 internamentos, o repasse de verba do Ministério da Saúde também não é suficiente. O HC recebe um montante anual médio de R$ 60 milhões, sendo que R$ 40,7 milhões (67,8%) foram aplicados já no primeiro semestre. Dessa forma, segundo o diretor-geral do hospital, Giovanni Loddo, o ideal seria um repasse 33,5% maior: R$ 90 milhões. Ou seja, atualmente o HC opera com déficit mensal de R$ 2,5 milhões.
O resultado do orçamento insuficiente reflete-se principalmente no estoque de insumos, entre eles medicamentos e materiais médicos o almoxarifado do hospital trabalha com uma lista de 15 mil produtos. Isso força o HC muitas vezes a recorrer a atitudes inesperadas. Enquanto o mais lógico seria hospitais de menor porte buscarem empréstimos de produtos ao HC, o que ocorre é o inverso. "Temos que recorrer a esses hospitais ou à própria secretaria de estado para obter empréstimos emergenciais de quantidades pequenas, como 500 agulhas de seringa, por exemplo, pois sem agulhas o hospital simplesmente não funciona", ilustra Loddo. A dívida do HC com fornecedores é de R$ 8 milhões.
O diretor-geral ressalta ainda a importância das associações que auxiliam o hospital, como o Amigos do HC, na cobertura desses rombos. "Essas entidades que representam a sociedade são fundamentais para o funcionamento do HC", salienta.
Loddo lembra ainda que apesar do orçamento ter sido mantido pelo governo federal, algumas despesas apresentaram aumentos. Como exemplo, o diretor cita o reajuste salarial de 6,7% dos funcionários e o recolhimento e destino do lixo, que em maio deixou de ser feito pela prefeitura. Só esses dois quesitos geraram um acréscimo de R$ 200 mil nas despesas mensais do hospital R$ 150 mil da folha de pagamento e R$ 50 mil do lixo. "Tivemos esse aumento de custos sem aporte nenhum no orçamento federal. Isso fora o reajuste do preço dos insumos", comenta Loddo. (MXV)
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