O Hospital Evangélico de Curitiba firmou acordo na Justiça do Trabalho ontem para pagar de forma parcelada a dívida trabalhista de mais de R$ 15 milhões acumulada em quase mil ações movidas por trabalhadores e ex-funcionários da instituição desde o início dos anos 2000. O montante da dívida do hospital, porém, é de cerca de R$ 250 milhões. A maior fatia refere-se ao passivo tributário, que passa dos R$ 100 milhões. Os problemas de caixa ameaçam o funcionamento da entidade.
A negociação da dívida trabalhista teria sido um "grande passo" para que o atendimento à população no hospital continuasse normalmente. "Na forma como estava realmente criaria muita dificuldade para manter o atendimento", diz João Jaime Nunes Ferreira, presidente da Sociedade Evangélica Beneficente, que mantém o hospital. Segundo ele, os pagamentos aos funcionários estão sendo efetuados em dia desde setembro do ano passado, o que ajudaria a evitar novas ações trabalhistas.
O acordo firmado ontem teria sido feito em segredo de Justiça. Por isso, não foram revelados o valor e o número de parcelas estabelecidos para a entidade e nem a previsão de quitação total do passivo. Ferreira diz apenas que as parcelas serão "significativas". Participaram do encontro representantes do hospital, do Ministério Público do Trabalho e do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná.
De acordo com o presidente da sociedade, as dívidas milionárias do Evangélico foram geradas pelo descompasso entre os repasses do SUS que responde por 90% dos atendimentos da entidade e o real custo dos procedimentos. O hospital tem esperança de conseguir saldar a dívida tributária de mais R$ 100 milhões com a adesão ao Prosus, que permite o parcelamento de dívidas fiscais por entidades filantrópicas. A lei federal foi apresentada no ano passado mas ainda não foi regulamentada.
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