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Depois de muitas reivindicações e protestos de moradores, o prédio de dois andares conhecido como "Hotel Caveira", situado no cruzamento da Rua João Antônio Kupp com a BR-476 (antiga BR-116), no Pinheirinho, em Curitiba, será demolido nesta semana. A demolição está marcada para as 9 horas de amanhã.

A edificação recebeu o nome de Hotel Caveira por servir de refúgio para assaltantes, usuários e traficantes de drogas e prostitutas – fato que, de acordo com os moradores, teve impacto sobre a criminalidade na região. O imóvel está desocupado há pouco mais de dois anos, mas desde o início de 2007 a situação teria se agravado.

O administrador da regional Pinheirinho, Juliano Borghetti, disse acreditar que os crimes no bairro vão diminuir com a demolição do Hotel Caveira. "Muitos moradores reclamam constantemente de assaltos na região. Os bares próximos já foram fechados numa ação da prefeitura em parceria com a polícia, o que reduziu o índice de criminalidade", disse Borghetti.

A demolição será feita por funcionários da empresa Liberal, que venceu uma licitação aberta pela prefeitura de Curitiba. O custo será de R$ 11,5 mil e, segundo a assessoria da prefeitura, o valor será cobrado do proprietário do terreno por meio de dívida ativa. As cerca de 20 pessoas que moram de forma irregular no terreno do prédio serão retiradas por guardas municipais antes da demolição e aconselhadas a procurar um abrigo da prefeitura.

O advogado João Batista dos Anjos, que representa Maria do Rocio, uma das donas do terreno, disse que a invasão é antiga e que há mais de três anos o oficial de justiça espera do governo estadual a força policial necessária para cumprir a determinação de reintegração de posse. "No início deste ano começou uma conversa com a Cohab (Companhia de Habitação Popular) de Curitiba para recolocar essas famílias num projeto habitacional, mas até agora nada foi feito", disse Anjos.

A Cohab, por meio da assessoria de imprensa, informou que no mês de março nove famílias que moravam de forma irregular no local foram recolocadas em lotes no bairro do Tatuquara e na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). A Secretaria da Segurança Pública do Paraná (Sesp) não comentou o descumprimento da ordem judicial que determina o apoio policial durante a reintegração de posse.

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