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A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal do Hospital Universitário (HU) voltou a funcionar na tarde da última segunda-feira (16). O setor estava interditado desde o dia 9 de fevereiro em razão da colonização de cinco recém-nascidos pela bactéria Anicetobacter baumannii. A Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) neonatal, que também teve as atividades suspensas após ser constatada a colonização dos bebês internados na UTI, voltou a funcionar.

O superintendente do HU, Francisco Eugênio de Souza, disse que a interdição de dois meses foi necessária para que se pudesse realizar a descontaminação da UTI neonatal e controlar a presença da bactéria. "Há uma série de medidas de controle e manuseio das crianças, assim como o controle do acesso de visitantes e funcionários", afirmou Souza. Durante o período em que ficou fechado, o setor também passou por uma pequena reforma e recebeu nova pintura.

Segundo Souza, não é "100% seguro" dizer que não haverá uma nova contaminação, mas garantiu que o hospital não mais irá ultrapassar o limite de leitos da UTI neonatal. Em fevereiro, quando foi detectada a contaminação, havia oito bebês na UTI e dez na UCI. A capacidade é de sete e dez pacientes, respectivamente. "Exceder a capacidade de leitos aproxima as crianças, sobrecarrega os servidores e aumenta o risco de contaminação. Foi essa uma das causas da colonização", explicou o superintendente.

"A partir de agora, quando os leitos estiverem todos ocupados, mandaremos os pacientes para outras unidades da Cidade que têm UTI neonatal, como fizemos durante a interdição", declarou ele. "A CCIH [Comissão de Controle de Infecção Hospitalar] do hospital vai continuar com os cuidados com as visitas, trabalhadores e alunos da unidade."

Ontem, três bebês estavam internados na UTI neonatal e cinco estavam na UCI. Quatro dos cinco bebês colonizados pela bactéria em fevereiro ainda permaneciam internados na UTI pediátrica para ganhar peso.

Os recém-nascidos colonizados pela bactéria não chegaram a apresentar nenhum sintoma. Segundo o superintendente do HU, o microorganismo foi constatado durante monitoramento de rotina CCIH do hospital.

Francisco Eugênio de Souza disse ainda que aguarda a liberação, pelo Ministério da Saúde, do projeto de reforma e ampliação das instalações do HU, no valor de R$ 1,9 milhão. Conforme o projeto, o número de leitos na UTI e UCI neonatais será dobrado.

O novo diretor da 17ª Regional de Saúde, Adilson Castro, disse ontem que uma das metas a serem cumpridas por ele à frente do novo cargo é solucionar o problema das UTIs. "Vamos trabalhar para enfrentar essa questão de frente", declarou Castro.

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