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Veja que a capacidade do Aterro do Botuquara estava próxima do fim em 2004 |
Veja que a capacidade do Aterro do Botuquara estava próxima do fim em 2004| Foto:

Ponta Grossa - Além do Aterro da Caximba, em Curitiba, os depósitos de lixo da maioria das cidades paranaenses também estão próximos do colapso. Ontem, em Ponta Grossa, foi a vez da prorrogação da vida do Aterro do Botuquara. O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) liberou seu uso por mais um ano, prazo para viabilizar uma Central de Tratamento de Resíduos municipal (CTR) – ao contrário do que houve em Curitiba, onde a liberação só foi conseguida na Justiça.

No último sábado, o prefeito Pedro Wosgrau (PSDB) havia decretado estado de emergência devido ao colapso do sistema. Segundo o presidente do IAP, Victor Hugo Burko, o mo­­delo proposto em Ponta Grossa foi o mesmo que em Londrina, Maringá e Curitiba. "Só que em Curitiba não houve vontade política. Aqui houve cooperação", diz. Ele se refere à não renovação pelo órgão do uso do aterro na capital. O prazo foi estendido judicialmente até novembro de 2010, tempo para o início da operação do Sistema Integrado de Processamento e Aproveitamento de Resíduos (Sipar).

Burko aproveitou para criticar os ambientalistas que tentam impedir a construção de um aterro privado em Ponta Grossa, em local considerado por eles como de risco ambiental. "Agora temos 30 dias para que quem foi contra aponte o local exato onde deve ser feito o aterro. Estamos esperando as propostas", afirmou. A construção do futuro aterro público foi comemorada pelos ativistas, que fizeram de tudo para impedir as obras de um aterro privado, da Ponta Grossa Ambiental (PGA) – licenciado pelo órgão. No entanto, o "ultimato" causou estranhamento. "Não se impõe esse tipo de prática à sociedade civil. A prefeitura já pagou por esses estudos e tem total condição de achar um lugar. Nunca estivemos contra um novo aterro, desde que seja encontrado um local em condições", observa o advogado Márcio Matos.

Os ambientalistas apontaram que no local encontra-se o Aquífero Furnas. A localidade tem solo arenoso e grande capacidade para absorção das águas da chuva. Segundo o geólogo Mário Sérgio de Mello, uma grande área na porção oeste do município possui solo com plenas condições de abrigar o novo aterro. "Estamos cumprindo nosso papel de cidadãos e devemos nos manifestar quando decisões erradas são tomadas. Estamos procurando evitar a decisão equivocada de construir esse aterro e exigindo que seja feito no local ideal", aponta.

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