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Milho e açúcar vazados dos vagões descarrilados teriam atingido o Rio Ipiranga | Lineu Filho
Milho e açúcar vazados dos vagões descarrilados teriam atingido o Rio Ipiranga| Foto: Lineu Filho

A empresa América Latina Logística (ALL) tem até hoje para retirar todo o milho e açúcar que vazou de 28 vagões que descarrilaram há 12 dias, perto do km 70 da ferrovia que liga Curitiba a Paranaguá. O prazo foi estipulado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que multou a empresa ferroviária em R$ 280 mil pelo acidente – após o recebimento do auto de infração, a defesa pode ser apresentada em até 20 dias. O Ibama alega que a ALL levou quatro dias para comunicar o acidente e não enviou os relatórios sobre as atividades que estão sendo feitas no local. A área, ambientalmente protegida, está entre os parques estaduais do Marumbi e da Serra da Baitaca. A não comunicação ao Ibama impediu que o instituto acompanhasse as ações desde o início, propondo medidas que pudessem reduzir os problemas ambientais causados pelo sinistro.

Apesar de a empresa alegar, através de nota oficial, que não houve dano ambiental, o Ibama diz que parte do milho atingiu o Rio Ipiranga, a poucos metros da ferrovia, e que a operação para que a linha fosse liberada também fez com que o produto se espalhasse ainda mais. A chefe de fiscalização do Ibama no Paraná, Maria Luiza Gonçalves, diz que a empresa pode receber novas autuações.

De acordo com a nota da ALL, a previsão de retirada de todo o produto é de 20 dias – há 60 homens trabalhando no local. Ela alega ainda que acionou o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) imediatamente após o acidente, porque a área é uma Unidade de Conservação Estadual e tomou todos os cuidados para que tanto a carga quanto os vagões permanecessem dentro da plataforma ferroviária, sem atingir as áreas de conservação no entorno.

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