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Radiografia mostra agulhas que estavam na perna de menina | Fotos: Reprodução/Inter TV Cabugi
Radiografia mostra agulhas que estavam na perna de menina| Foto: Fotos: Reprodução/Inter TV Cabugi
  • Agulhas retiradas do corpo de menina em hospital de Natal

A Polícia Civil de Natal investiga a idade correta da jovem que se apresentou como tendo 13 anos. Ela denunciou ter sofrido agressão sexual pelos pais e também alegou ser vítima de rituais de magia negra. No corpo dela foram encontradas 9 agulhas, que foram retiradas em uma cirurgia na noite desta quarta-feira (15), no Hospital Pediátrico Maria Alice Fernandes, na capital potiguar. Ela permanece internada.Segundo a polícia, ela morava com os pais em Fortaleza e teria fugido para Natal com o objetivo de escapar das agressões físicas e sexuais sofridas em possíveis rituais de magia negra. De acordo com Lana Brasil, diretora geral do hospital, a garota relatou aos assistentes sociais e psicólogos que as agressões ocorriam desde os 7 anos.

O delegado Luis Lucena, responsável pela apuração do caso, disse que a investigação da idade da jovem se justifica porque a mesma dúvida surgiu na polícia de Fortaleza. "Há um inquérito instaurado no Ceará para apurar as mesmas denúncias apresentadas pela menina para nós. Segundo dados preliminares da polícia de Fortaleza, há a possibilidade de a garota ter 22 anos. Por isso pedi que fossem feitos exames para constatar a idade dela, pelo menos que se tenha um laudo afirmando que ela é maior ou menor de idade."

Documento falsificado

Para Yamara Lavor Colares, delegada adjunta da Delegacia de Defesa da Mulher de Fortaleza, a jovem internada em Natal registrou queixa contra os pais em novembro deste ano. "Ela alegou que sofria exploração sexual por parte dos pais e que também era vítima de rituais de magia negra. Os pais foram ouvidos e nos trouxeram uma certidão de nascimento dando conta de que a menina, na verdade, teria 22 anos."

Yamara disse ainda que, em depoimento, a garota alegou que o documento em poder dos pais é falsificado. "Ela disse que a certidão foi falsificada pelos pais para que pudesse fazer programas sexuais. Os pais nos trouxeram também um laudo médico indicando que a menina sofreria de problemas psiquiátricos." Em Natal, a direção do hospital pediátrico realizou, nesta quinta-feira (16), um exame para confirmação etária da paciente, além de avaliação psiquiátrica. Os laudos ainda não ficaram prontos.

A delegada afirmou que a menina passou por uma casa assistencial para crianças e adolescentes e depois foi levada para um abrigo feminino para mulheres adultas. "Pedimos que legistas do Instituto de Medicina Legal (IML) fizessem um exame para checar a real idade dela, mas o laudo foi inconclusivo. Por essa dúvida, resolvemos tirá-la do abrigo para menores e levá-la para outro lugar, para adultos. Depois disso ela desapareceu. Soube ontem [quarta-feira] que ela estava em Natal."

Yamara ainda não concluiu o inquérito sobre as denúncias feitas pela jovem à polícia cearense. "Ainda precisamos apurar as questões levantadas por ela sobre os rituais de magia negra. A idade dela ainda é um mistério."

Agulhas no corpo

Médicos retiraram, nesta quarta-feira, nove agulhas do corpo da adolescente. Inicialmente os médicos haviam detectado somente oito agulhas na menina. De acordo com a diretora do hospital, a menina também tinha um objeto na genitália.

Em nota, o hospital informou que o quadro de saúde da jovem é estável. Cinco agulhas estavam na parede abdominal e quatro agulhas da coxa direita. O hospital ainda aguarda o laudo ginecológico e o exame de conjunção carnal - feito por médico do Instituto Técnico-Científico de Polícia (ITEP).

Até o momento nenhum parente da menina procurou o hospital. A adolescente deverá ficar por, pelo menos, 48 horas no hospital.

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