Uma mulher de 79 anos recém-operada que desembarcava de um voo da Gol em Maringá (PR), na noite de Natal, fraturou uma costela e sofreu um edema pulmonar após a cadeira de rodas em que estava se soltar de uma esteira usada pela empresa aérea na retirada da passageira do avião.

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Eliane Almeida Figueira, 37, filha de Waldereza, disse que funcionários da Gol deixaram de travar as rodas da cadeira no equipamento que faria, da aeronave até o solo, o transporte de sua mãe.

"Eles não apertaram todas as travas, e mesmo com um funcionário segurando a cadeira, ela se soltou na escada e desceu. Outro funcionário que seguia na frente também não conseguiu segurá-la. A situação só não foi mais trágica porque meu filho, que já estava no solo, conseguiu segurar a avó, após um forte impacto entre eles", contou a filha.

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A passageira usava cinto de segurança na cadeira no momento do acidente, segundo Eliane.

A família havia saído de Campo Grande (MS) e desembarcara em Maringá na noite de Natal para uma conexão com destino a Salvador (BA).

A viagem era um presente dado à passageira como forma de compensar os problemas de saúde enfrentados por ela durante o ano. "Devido ao trauma, minha mãe desistiu do pacote de viagem à Bahia", disse a filha.

Com dores, a mulher foi encaminhada pelos bombeiros do aeroporto Silvio Name ao hospital Santa Rita, onde foi constatada a fratura na costela e o edema pulmonar. Ela só foi liberada na tarde de sexta-feira (26). Mas, segundo os médicos, terá de ficar 60 dias de repouso.

Eliane afirma que houve despreparo da Gol e que, após o acidente, funcionários da companhia aérea ficaram "paralisados" e "sem reação". "Eu e outros passageiros que buscamos o socorro", afirmou.

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De acordo com ela, representantes da empresa estiveram no hospital e lamentaram o ocorrido. "Mas ficou somente nisso. O hospital, que é particular, foi pago pelo plano de saúde que temos. Para meu filho, providenciaram um hotel e um voucher de R$ 30 para alimentação. Eu dormi no hospital com minha mãe e agora vamos para o hotel."

Eliane afirmou que, até o inicio da noite desta sexta (26), ainda não tinha a confirmação da empresa se receberia as passagens para a família retornar à Campo Grande no sábado.

"Estou esperando me ligarem. Também quero o ressarcimento do pacote de viagem que perdemos [avaliado em R$ 10 mil, segundo ela]. Mas, acima de tudo, é necessário que a empresa treine melhor seus funcionários para situações como esta não voltem a ocorrer", afirmou.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Gol disse que "lamenta o ocorrido e ressalta que a cliente tem recebido toda a assistência necessária".