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Uma idosa morreu em um incêndio que atingiu cinco casas na favela de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, na madrugada desta sexta-feira (18). Após duas horas e meia de buscas nos escombros de um barraco, os bombeiros localizaram o corpo de Laurita da Cruz Silva, 67.

O fogo começou a 0h55 e foi controlado cerca de 20 minutos depois. Ao menos 12 equipes dos bombeiros, totalizando 50 homens, trabalharam no combate ao incêndio.

A estudante Elisangela Lourdes do Couto, 28, disse que viu fumaça e faíscas saindo do poste de energia elétrica. "Estava na beira de uma fogueira do outro lado do córrego e comecei a gritar fogo, fogo. Todos os moradores começaram a sair das casas", disse.

Segundo Elisangela, o poste onde teve o curto-circuito estava cheio de "gatos" (fiações elétricas irregulares para puxar energia diretamente do poste).

A tenente do Corpo de Bombeiros Priscila Mayume não confirma que o curto-circuito tenha provocado o fogo. "Durante o incêndio teve curto-circuito, o que dificultou o combate ao fogo", explica.

A energia elétrica do trecho onde ocorreu o incêndio foi desligada.O caso será registrado no 89º Distrito Policial (Portal do Morumbi). As causas do incêndio serão investigadas.

Susto

Das cinco casas atingidas pelo incêndio, três ficaram totalmente destruídas e outros dois foram interditados.

A peruana Rebeca Inuma, 34, que morava há três anos em um barraco destruído pelo fogo, disse que estava assistindo televisão quando ouviu um barulho de pessoas na rua gritando "fogo, fogo".

Segundo Rebeca, só deu tempo de acordar o marido e as duas filhas adolescentes e deixar o barraco rapidamente. "O susto foi muito grande", disse envolta em um cobertor emprestado por uma vizinha.

A família, que não possui parentes no Brasil, depende agora da ajuda de amigos e da Defesa Civil.

Segundo a Defesa Civil, cinco famílias, totalizando 21 pessoas, foram cadastradas por assistentes sociais e receberão o kits de higiene, colchões, cobertores e cestas básicas.

As família não quiseram ir a abrigos cedidos pela prefeitura e foram para casa de parentes e amigos, segundo a Defesa Civil.

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