A catedral de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, vai usar, a partir de segunda-feira (6), máquinas de cartões de crédito e de débito (com bandeiras Visa e Mastercard) para receber pagamentos de taxas de casamento, batizado e dízimos. Esses serviços só vão funcionar em horário comercial - não durante as celebrações de missa. "A missa tem um sentido eucarístico, não comercial. Isso é apenas um meio de facilitar para os fiéis que não usam dinheiro", diz o padre Francisco Jaber Zanardo Moussa.
O padre, que estuda Administração, fez uma "pesquisa de mercado" para verificar a necessidade de mudanças no atendimento aos fiéis, daí a adoção das máquinas de cartões. Também é uma forma de evitar furtos de dízimos, tradicionalmente depositados em uma caixa de ferro, com cadeado. "Os cartões são um meio mais seguro. A contribuição do dízimo já cai na conta da igreja." A taxa administrativa mensal cobrada da catedral pelo uso das máquinas de cartões será de R$ 19, e não os R$ 89 cobrados de estabelecimentos comerciais.
Entre 4 mil e 4,5 mil fiéis freqüentam a catedral nos finais de semana: cerca de 600 por missa. A igreja tem 800 contribuintes regulares, segundo Moussa. Ele não revela o valor arrecadado, mas a receita não cobre os gastos - rifas e festas são promovidas para reforçar o caixa. A taxa de casamento custa R$ 350 (com efeito civil) e R$ 210 (só no religioso). A de batizado sai por R$ 42.
Na missa das 19 horas de domingo (5), o padre Moussa dará a sua bênção a toda estrutura da nova secretaria da catedral, que custou R$ 52 mil. Haverá novos guichês de atendimento e um sistema de senha para que os fiéis não fiquem em fila. A antiga secretaria será transformada, em breve, em loja de artigos religiosos. Serão vendidos terços, velas, bíblias, imagens de santos e livros.
Em fevereiro de 2009, o padre Moussa dará início a outro projeto: a construção de um novo prédio, um centro de catequese, estimado em R$ 1 milhão.
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