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Padre Primo Hipólito, da Igreja do Perpétuo Socorro: alarmes e guardas não inibem furtos | Felipe Rosa/ Gazeta do Povo
Padre Primo Hipólito, da Igreja do Perpétuo Socorro: alarmes e guardas não inibem furtos| Foto: Felipe Rosa/ Gazeta do Povo

Interior

Madeira das paredes é alvo de roubos no Norte do Paraná

Há um ano o cenário da capela São Jorge, na cidade de Cambira, Norte do Paraná, é praticamente o mesmo: apenas um esqueleto da construção permanece em pé depois que assaltantes roubaram as madeiras de peroba das paredes da igreja, localizada na zona rural do município. Com mais de 40 anos de construção, a capela agora está com destino incerto por causa da ação dos bandidos, ocorrida em 2011.

De acordo com o padre Francisco Adami, responsável pela capela, os ladrões chegaram com uma caminhonete na capela durante a madrugada e destruíram a igreja. Um ano depois, eles ainda não foram encontrados, segundo o padre.

Antes do roubo da madeira, a igreja já tinha sido alvo de roubo de fios de cobre da fiação elétrica. "A igreja sempre foi castigada por ladrões", diz o padre Adami.

Fuga de fiéis

O padre relata a dificuldade para reunir fiéis depois da ação dos ladrões. "Agora temos que fazer a missa em um sítio, mas nem todas as pessoas vão, porque fica em um lugar distante. Não sabemos o que fazer com a igreja". Alguns fiéis pedem, segundo o pároco, para que a igreja seja reconstruída ou transferida para outro local, mas nada está definido. Nesta semana, o bispo responsável pela cidade vai visitar a capela para avaliar a situação.

Seminário

No dia 3 de julho um seminário no bairro Santa Felicidade, em Curitiba, foi invadido por cinco homens armados no início da manhã em uma tentativa de assalto. Sem encontrar pertences valiosos nem dinheiro, os assaltantes fugiram.

Interatividade

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Líderes religiosos reclamam de assaltos a igrejas em Curitiba. Os bandidos, segundo os religiosos, agem a qualquer hora do dia em busca de objetos de valor das igrejas e bens dos fiéis. Em muitos casos, os responsáveis, além de apelarem aos céus por mais tranquilidade, também implantam sistemas de segurança particular para tentar coibir a ação dos assaltantes.

A Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no bairro Alto da Glória, é um dos alvos. De acordo com o padre Primo Aparecido Hipólito, há 15 anos no local, furtos e roubos são comuns. A igreja tem alarmes e quatro seguranças, o que não inibe a ação dos assaltantes. "Os bandidos aproveitam que as pessoas estão concentradas nas orações, entram na igreja como se fossem fiéis e furtam pertences". Segundo o padre, o problema se estende para o entorno da igreja, que recebe, todas as quartas-feiras, cerca de 40 mil católicos na tradicional novena.

Dinamite

O padre conta que, no dia 1.° março deste ano, um grupo entrou na igreja e deu voz de assalto aos funcionários. Os assaltantes exigiram que salas fossem abertas para que eles procurassem dinheiro. Como os funcionários não tinham as chaves, o grupo foi embora de mãos vazias. "Mas eles ameaçaram usar até dinamite." Doze pessoas que foram presas pela Polícia Federal em abril deste ano são suspeitas dessa tentativa de assalto.

Para aumentar a segurança na região da igreja, a prefeitura de Curitiba promete instalar câmeras de vigilância monitoradas pela Guarda Municipal. Os equipamentos serão instalados nas esquinas das ruas Amâncio Moro e Ivo Leão, no encontro das ruas Maria Clara e Amâncio Moro, Agostinho Leão Junior e Ubaldino do Amaral e na Praça Portugal. A previsão é que os equipamentos estejam em funcionamento até o mês de setembro.

Roubo interrompido

No bairro Seminário, a Igreja Nossa Senhora Aparecida já foi alvo de sete assaltos, segundo o padre Pedro Renato Carlessio, que dirige a paróquia desde 1996. Ele conta que as "visitas" dos assaltantes ficaram mais frequentes nos últimos quatro anos. "Até as torneiras a gente teve que esconder para eles não roubarem", comenta. O padre já contratou um vigia para cuidar do local durante as missas. Também instalou alarmes e cercas. "Mas os bandidos sempre encontram uma brecha", reclama.

O último caso de roubo, no dia 17 de junho, foi interrompido pelo pároco. Às três da madrugada, dois homens entraram no terreno. O padre, que acordou com o alarme soando, levantou e viu um dos assaltantes no prédio da igreja. Chamou por socorro. Com os gritos, os ladrões fugiram e levaram apenas alimentos da cozinha. "Eu não sou o único: o bairro todo sofre com isso. Pessoas com mais idade não vêm mais às celebrações por medo de assaltos quando saem ou chegam em casa."

A prefeitura de Curitiba informa que existe um projeto para a instalação de 450 câmeras de segurança semelhantes às que serão colocadas na região do Alto da Glória em toda a cidade. A prefeitura diz que, caso estudos do poder público apontem a necessidade de instalar câmeras próximo a algumas das igrejas, os equipamentos serão implantados.

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