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Dom Moacyr Vitti (em pé): líderes de várias igrejas querem envolver suas comunidades em ações de economia solidária | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Dom Moacyr Vitti (em pé): líderes de várias igrejas querem envolver suas comunidades em ações de economia solidária| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

A Campanha da Fraternidade deste ano pretende discutir um novo modelo econômico, onde denunciar, educar e conclamar as comunidades cristãs são as três metas da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Sob o tema "Economia e Vida", o mote da campanha faz alusão ao trecho dos evangelhos em que Jesus diz ser impossível servir a Deus e ao dinheiro.

Estimuladas pela experiência de outras campanhas – em 2000 e 2005 –, cinco igrejas, participantes do Conselho Na­­cional de Igrejas Cristãs (Conic), estarão unidas pela terceira vez no evento. Católicos, ortodoxos, anglicanos, presbiterianos e evangélicos de confissão luterana são unânimes ao afirmar que a discussão deve ultrapassar as dimensões de cada igreja. "A espiritualidade vai além das paredes dos templos, dos cultos e das missas. As ações têm de construir um novo paradigma, participativo e solidário", afirma o bispo da diocese anglicana de Curitiba, dom Naudal Gomes.

O pastor sinodal da Igreja de Confissão Luterana no Brasil, Jorge Schiefer Decker, acredita que a campanha irá motivar a participação das comunidades com ações concretas de solidariedade, principalmente na área do equilíbrio ecológico. Entre os participantes, a preocupação é de que as discussões ultrapassem o período da Qua­resma, ocorrendo durante o restante do ano.

Nas entrelinhas do material preparado para a campanha há uma sintonia com o discurso adotado por grupos de esquerda. No entanto, para o pastor evangélico Evandro Meurer, da Igreja Evangélica de Confissão Lutera­na no Brasil, o Conic não quer se limitar a criticar sistemas econômicos. Mesmo sendo polêmica, a ideia da campanha é caminhar junto às instituições econômicas buscando respostas.

Ficha limpa

O arcebispo de Curitiba, dom Moacyr Vitti, ainda lembrou que o resultado da Campanha Ficha Limpa, responsável pela obtenção de 1,5 milhão de assinaturas, vai ser cobrado. Se­­gundo ele, o povo tem o direito de saber que candidatos respondem a processos judiciais. Um projeto de lei proibiria a candidatura em eleições de pessoas condenadas em primeira instância pela Justiça, ainda que caiba recurso.

Serviço:

Lançamento da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2010: dia 21, às 13 horas, no Bosque São Cristóvão, em Santa Felicidade.

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