Imagens mostram sequestro de dona de panificadora no Mercês

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VIDA E CIDADANIA | 2:03

Vítima foi levada do estabelecimento comercial e encontrada morta horas depois em Campo Magro

A Delegacia de Furtos e Roubos divulgou as imagens das câmeras de segurança de uma panificadora no Mercês, em Curitiba, que mostram o momento em que três homens rendem a proprietária Bernadete Dolores Dullazella, 43 anos, durante um assalto, no domingo (17). Depois do roubo, a mulher foi sequestrada e encontrada morta na manhã desta segunda-feira (18), em Campo Magro, na Região Metropolitana de Curitiba, com um tiro na nuca.

O vídeo mostra que os dois homens chegam por volta das 21 horas ao estabelecimento e, armados, rendem Bernadete. Eles usam capuz e parecem conhecer o local, segundo o delegado Amarildo Antunes. "A Polícia Civil não descarta nenhuma hipótese. Alguns fatos nos chamam a atenção: eles tomam o cuidado de não serem vistos, sabiam que tinha câmeras, mas correram um risco desnecessário levando a vitima da panificadora para roubar somente uma televisão e um cofre", disse o delegado.

Depois que os homens entram na panificadora, eles levam a vítima para a casa dela, que fica nos fundos do estabelecimento, de onde apanham a televisão e o cofre. De acordo com uma testemunha que não quis se identificar, o cofre ficava escondido no quarto da vítima e pouca gente sabia da existência dele. A polícia ainda não sabe o que era guardado no cofre. Antunes também disse que é curioso que os supostos ladrões não tenham levado um relógio e uma corrente de ouro que estavam com a vítima.

Um conhecido da vítima afirmou que Bernadete tinha inimizades com pessoas que trabalharam com ela no passado. A vítima foi casada por mais de 20 anos e estava separada há dois. Com o ex-marido, com quem ainda dividia a sociedade da panificadora, ela teve três filhos.

A Polícia Civil também levantou que Bernadete já tinha sido sequestrada há seis anos, mas, na época, não registrou boletim de ocorrência. "Soubemos desse fato hoje [segunda-feira], é estranho ela não ter registrado o crime, porque a polícia poderia ter investigado na época", afirmou Antunes.