IML identifica mais três vítimas de acidente

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São Paulo – O Instituto Médico-Legal (IML) identificou até a noite de ontem 66 vítimas do vôo 3054 da TAM, que caiu em um galpão da empresa na terça-feira passada. Os mortos com o acidente podem chegar a 200. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), ontem foram identificados os restos mortais de Carmen Luísa Victoria Fonseca, Ana Carolina Santos da Cunha e Marcos Antônio Leme Curtis.

Marco Antônio era funcionário da TAM e morreu quando estava em reunião com outros funcionários naquele dia no galpão. Era gerente comercial da empresa havia cinco anos. Carmem Luísa era funcionária da ONG Aldeias Infantis S.O.S. Brasil, em Porto Alegre e viaja para participar da convenção de comemoração dos 40 anos da instituição.

Estava acompanhada pela mãe Deolinda Magaly Victor Fonseca e pela tia Remmy Moller.

A SSP informou que a coleta de sangue dos parentes das vítimas foi ampliada para 20 institutos e laboratórios de 17 estados e no Distrito Federal. Em Curitiba, o Laboratório de DNA do Instituto de Criminalística vai participar do trabalho, mas até ontem à noite não havia informação de quando a unidade poderá coletar o material para análise.

Enquanto isso, os familiares das vítimas já criaram um grupo de ação para acompanhar os desdobramentos da tragédia e estão conseguindo os primeiros resultados. Ontem, eles obtiveram autorização para escolherem quatro representantes que acompanharão o trabalho de identificação dos corpos dentro do IML. O grupo também conseguiu que o aeroporto de Porto Alegre enviasse fitas de vídeo para que pudessem ver as roupas que os passageiros estavam usando. O primeiro objetivo do grupo é justamente pressionar para que o reconhecimento das vítimas seja acelerado.

No programa de rádio "Café com o Presidente", Luiz Inácio Lula da Silva chamou de irresponsáveis quem acusa o governo, a companhia, os pilotos ou a chuva pela tragédia do aeroporto de Congonhas antes da abertura da caixa-preta. "Todo julgamento é prematuro é, eu diria, quase irresponsável", reclamou. "A melhor coisa que temos de ter é prudência para investigar corretamente, ao invés de ficarmos fazendo ilações, culpando ou absolvendo alguém."

E já existem cálculos que apontam para o aumento do preço das passagens aéreas.

A redução de vôos em Congonhas irá resultar em gastos e queda nas taxas de ocupação das empresas aéreas. Fatores que, dizem analistas, vão pesar no bolso do consumidor. Segundo eles, no entanto, ainda não é possível calcular de quanto será o repasse ao consumidor e as perdas das empresas com as mudanças.