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O Instituto Médico Legal (IML) informou que exames de necropsia e de laboratório vão determinar se três suspeitos de morte ocasionada pelo frio no Paraná realmente sofreram hipotermia. Segundo nota divulgada nesta quarta-feira (29) pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) do Paraná, os exames devem ficar prontos em aproximadamente 15 dias.

De acordo com a nota, Josué Cabral dos Santos, de 67 anos, tinha pneumonia crônica e morreu por brônquio-pneumonia. Com isso, o IML explica que, mesmo se comprovada a hipotermia, essa não teria sido a única causa da morte. Na terça-feira (28), os socorristas do Samu informaram à família que Santos sofreu uma hipotermia seguida por uma série de paradas cardíacas.

A filha de Josué, Silvana Cabral dos Santos, de 42 anos, conversou com a reportagem da Gazeta do Povo e disse que o pai teria saído para beber em um bar próximo à residência onde mora, no Portão, e, ao voltar para casa, não conseguiu entrar e passou a noite do lado de fora. Como estava com roupas leves, inclusive vestindo uma bermuda, ele não resistiu à temperatura de -0,9°C.

Os outros dois casos que serão avaliados são a morte de João Aldemir Hoffman, de 51 anos, que foi encontrado caído no gramado na frente de sua casa, no bairro Pilarzinho, e de Sérgio Olinek, de 43 anos, que deu entrada na Santa Casa de Misericórdia, depois de ter sido encontrado caído em uma rua de Ponta Grossa, nos Campos Gerais. Segundo o hospital, a morte de Sérgio tem associação com hipotermia.

Também na terça-feira, a reportagem da Gazeta do Povo conversou com a mulher de João Aldemir,Célia Hoffman. Ela foi informada pelo médico que periciou o corpo do marido e confirmou que ele sofreu um infarto e apresentava escoriações na cabeça, provavelmente porque a vítima teria se batido quando sofreu o ataque cardíaco. A hipótese de hipotermia foi descartada pelo médico na ocasião.

Segundo a Sesp, além das medidas normais de se agasalhar, muitas pessoas resolvem tomar bebidas alcoólicas para amenizar o frio. O médico cardiologista da Secretaria de Estado da Saúde, André Langowiski, alerta que quando uma pessoa bebe em demasia, perde a consciência, pois não sente o frio e se expõe a temperaturas mais baixas que as que corpo aguenta.

Tanto nos casos de Josué Santos quanto no de João Aldemir Hoffman as famílias confirmaram que os dois ingeriram bebida alcoólica no dia que morreram e tinham problema com alcoolismo.

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