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Depois de seis meses de suspensão, o Instituto Mé­dico Legal (IML) do Paraná decidiu retomar as aulas práticas destinadas aos alu­nos de Medicina da Fa­culdade Evangélica do Paraná (Fepar). A celeuma foi criada após queixas de pacientes sobre o comportamento dos estudantes e só foi desfeita com a elaboração de um documento que regula o comportamento dos universitários no órgão, sediado em Curitiba. No IML, além das necrópsias, são feitos vários exames, como de comprovação de violência sexual. Segundo o diretor do instituto, Porcídio Vilani, as reclamações sobre o comportamento dos alunos eram constantes. "Toda semana alguma paciente se queixava do mau comportamento [deles], principalmente durante os exames ginecológicos. Além disso, eles ocupavam cadeiras destinadas a gestantes e idosos", disse. Por causa dessas reclamações, o IML suspendeu as aulas, que de acordo com a Fepar ocorriam desde a criação do curso, há 43 anos.

Após meses de negociação entre o órgão público e a instituição de ensino, um documento com 15 atos normativos para o bom comportamento dos estudantes foi elaborado. Agora, eles não terão mais acesso a pacientes e suas aulas ocorrerão no necrotério e no laboratório de anatomia patológica, sempre sob coordenação de um médico.

Além disso, as turmas serão reduzidas. "Antes recebíamos 15 alunos, agora serão no máximo cinco por aula", disse Vilani.

Uma das críticas da suspensão das aulas, a presidente da Associação dos Médicos Legistas do Paraná, Maria Letícia Fagundes, disse em seu blog que a justificativa para a suspensão, além do comportamento dos alunos, seria uma suposta falta de estrutura do IML. "Foi dito que não seriam mais permitido as aulas no IML devido ao instituto estar sucateado e o anfiteatro sem condições de sediar", publicou a médica à época. A crítica, porém, foi rechaçada por Vilani. "Não tem ligação nenhuma e nem reconhecemos essa associação dos legistas", afirmou.

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