Técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) notificaram 87 imóveis localizados na Ilha Grande, no litoral sul do Estado do Rio, que se encontram em situação suspeita no que diz respeito a licenças urbanas e ambientais.
Na virada do ano, 31 pessoas morreram em decorrência de deslizamentos de terra provocados por chuvas fortes na ilha, paraíso ambiental que atrai turistas o ano todo.
Foram mapeados 175 ocupações na ilha. Nos casos em que havia alguma irregularidade, foi solicitada aos proprietários dos imóveis a apresentação de documentos que autorizam a ocupação do solo.
Quem não entregou terá um prazo de 30 dias para fazê-lo. Depois disso, a situação de cada construção será avaliada individualmente. A maior parte delas (72%) é simples, utilizada como moradia pela população local. O restante é casa de veraneio e pousada.
O estudo do Inea, que ainda terá de ser aprofundado pela prefeitura de Angra dos Reis, mostra que a ocupação de áreas como Provetá, Araçatiba e Praia Vermelha nos últimos 70 anos tem sido desordenada, e também lenta. Nesta última localidade, chamou a atenção a existência de rachaduras no solo das encostas.
No relatório que produziram, os técnicos do Inea, como forma de impedir a construção em áreas de risco e evitar novas tragédias, propõem a ampliação da área do Parque Estadual da Ilha Grande (criado em 1971 e atualmente com 16.972 hectares "protegidos", o que corresponde a 87% da ilha).
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