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Prédio também fica doente. Pelo menos desde a década de 60, quando dois pesquisadores, Elia Sterling e Chris Collet, começaram a verificar por que tantas pessoas que trabalhavam no mesmo edifício apresentavam sintomas como garganta seca, dor de cabeça e cansaço. A conclusão foi a de que o problema não era com as pessoas, mas sim o local.

Reconhecida até pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a Síndrome do Edifício Doente só é verificada quando pelo menos 20% das pessoas que moram ou trabalham no prédio apresentam os sintomas. Segundo a OMS, há dois tipos de prédios "vítimas": 1) os temporariamente doentes, como os edifícios novos ou que passaram por reforma recente (neles, os sintomas somem com o tempo); e 2) o dos permanentemente doentes, onde as pessoas continuam apresentando problemas mesmo quando são tomadas providências. Geralmente, quando a pessoa se afasta do edifício, seus sintomas desaparecem.

Perigo escondido

Os vilões estão basicamente no ar, explica o biólogo Marcelo Buzzi, do laboratório Frischmann Aisengart. "A qualidade do ar nesses locais é normalmente precária. Em muitos casos, trata-se de equipamento de ar-condicionado mal-instalado ou sem manutenção adequada", explica. O resultado é prejuízo para a empresa, já que as reações de quem trabalha no prédio vão da insatisfação ao aumento de faltas por motivos médicos. Buzzi conta que uma das vítimas ilustres da Síndrome do Edifício Doente foi o ex-ministro das Comunicações Sérgio Motta, que pegou uma infecção em um prédio com essas características.

O trabalho de "prevenção" inclui manutenção permanente de aparelhos de ar-condicionado, diminuição dos níveis de ruído dentro do local, uso de piso frio. Limpeza também é fundamental. É importante evitar o acúmulo de poeira e o uso de cigarro.

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