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Um exemplo do descaso em relação aos prédios abandonados está em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. O local onde antigamente funcionava o Corpo de Bombeiros está prestes a desabar. Janelas, vidraças, portas, fiação, louças de banheiro e até mesmo algumas madeiras que faziam parte da estrutura da construção foram roubadas desde que o imóvel foi desocupado. "Há dois anos, quando os bombeiros saíram, ficava um soldado para cuidar do local. Porém, faz alguns meses que ninguém mais toma conta disso tudo", conta Aparecido Cedarli Jair, marceneiro que vive em frente ao antigo Corpo de Bombeiros. Para ele, o pior de tudo é que o lugar passou a servir de mocó para drogados. "Adolescentes e meninas que estudam à noite estão com medo de passar pela rua. Todo dia escuto alguém gritando lá fora. Eu saio correndo para tentar ajudar, mas nem sempre dá tempo. Já chamei a polícia, mas até agora nada foi feito", afirma Jair. A rua, segundo ele, ficou muito perigosa depois que o prédio foi abandonado. "Só neste mês minha casa foi assaltada três vezes", diz.

A construção está localizada na Rua Janiópolis, no bairro Cidade Jardim, de São José dos Pinhais. A moradora Eva Rendake Correa lamenta o vandalismo. "À noite é uma confusão. Você escuta de longe os gritos. Tudo isso é uma pena. Um patrimônio desses não deveria estar todo depredado. Temos um posto de saúde que precisa de uma reforma e, quem sabe, poderia ocupar o espaço. Ou ainda seria uma boa opção para instalar uma creche: é grande e existem salas de aula ali", afirma. Para a vendedora Elisandra Machado, que mora em frente ao local, a solução foi proibir os filhos de brincar próximo ao imóvel. "O teto está quase caindo. Na verdade, a qualquer momento tudo aquilo pode desabar", diz.

A propriedade pertencia ao Corpo de Bombeiros até o ano passado, quando foi desativada e doada ao Detran. Segundo a assessoria dos bombeiros, enquanto o imóvel era de responsabilidade deles, um soldado fazia a segurança. A assessoria de imprensa do Detran foi procurada pela reportagem, contudo informou que, em decorrência do horário, só poderia se manifestar hoje sobre o assunto.

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