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Área reformada do bloco interestadual. Conclusão das obras da Rodoferroviária depende de desocupação de pontos comerciais | Henry Milleo/Gazeta do Povo
Área reformada do bloco interestadual. Conclusão das obras da Rodoferroviária depende de desocupação de pontos comerciais| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

Impactos

Passageiros elogiam reforma, mas ainda sofrem com desinformação

Com a execução de 46% da reforma da Rodoferroviária, quem foi ao terminal aprovou as novas instalações. Mas a desinformação ainda deixou muita gente perdida. "A Rodoviária está ficando moderna e bonita. Das últimas duas vezes que vim a Curitiba, tinha que me esforçar para subir escadas com malas", disse o carioca Rodnay Linhares do Espírito Santo, que vinha do Rio de Janeiro e procurava pela área de embarque para Joinville, para onde se mudou há duas semanas. Já que utiliza a área estadual e terá de aguardar alguns meses para usufruir das novas instalações ainda se queixava de falta de informações e desencontros. "Na ida, tive de pagar táxi porque não consegui descobrir a tempo de onde saía o ônibus para o Aeroporto. Na volta, o ônibus parou muito longe do terminal e não é fácil para quem está com bagagem", disse o psicólogo Jorge Augusto Schanuel, que voltava do Rio de Janeiro, para onde foi de avião, e espera por um ônibus com destino a Guarapuava, onde mora.

Projeto

Saiba o que foi feito na reforma do bloco interes­tadual e será replicado no bloco estadual:

• Ambiente climatizado;

• Sala de embarque com acesso com catracas (só entram os passageiros);

• Dois conjuntos de escadas rolantes em cada bloco;

• Elevadores;

• Nova cobertura com isolamento térmico, substituindo o antigo teto de amianto;

• Área de estar para os acompanhantes, fora das áreas de embarque e desembarque;

• Novos sanitários e novos guarda-volumes;

• Praça de alimentação;

• O prazo de conclusão das obras e entrega do terminal é maio de 2014.

Interatividade

Como você acha que deve ser resolvido o impasse entre a Urbs e os comerciantes da Rodoferroviária de Curitiba?

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  • Seis empresas já estão operando nos novos guichês, na área reformada do bloco interestadual

O início das obras no bloco estadual da Rodoferroviária, onde atualmente estão sendo realizados embarques e de­sembarques, depende de um acordo da Urbs com lo­jis­tas que ocupam 36 pontos comerciais do terminal. Con­trária à realização imedia­ta de uma licitação para ocupação dos novos espaços comerciais, a Associação dos Permissionários da Rodo­­ferroviária entrou com um mandado na Justiça para não desocupar as lojas até que a situação se resolva. A Urbs havia determinado que os comerciantes saíssem dos espaços até ontem.

De acordo com Juçara Nicolau, presidente da associação, os comerciantes não sairão das lojas porque estão amparados por documentos que garantem o direito de uso dos espaços por, pelo menos, mais oito anos. "Não somos contra licitação. Mas queremos que seja cumprido o acordo firmado com a gestão passada, de que ocuparíamos as lojas de acordo com o termo de cessão da União para o prédio todo", defende.

O termo a que se refere Juçara foi assinado há dois anos e tem validade de cinco, prorrogáveis por mais cinco. Segundo Denise Sella, diretora de urbanização da Urbs, esse mesmo documento exige a realização de licitação para cessão de espaços comerciais.

Denise afirma ainda que a não desocupação das lojas põe em risco o cronograma de obras da Rodoferroviária visando à Copa do Mundo de 2014. "Se não concluirmos até maio, o encargo dos R$ 35 milhões [referentes ao custo da obra] deixa de ser da União para ser da prefeitura. Não posso assumir um compromisso oficioso da antiga gestão, passando por cima da Lei de Licitações e da Constituição Federal", diz a diretora.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Urbs informou ainda que se os comerciantes não deixarem os pontos no prazo estabelecido, a empresa vai entrar com pedido de reintegração de posse dos espaços. A ação, inclusive, já estaria pronta e seria apresentada ainda na manhã desta terça caso os permissionários abram suas lojas, afirmou o órgão.

A prefeitura diz ter disponibilizado aos lojistas, de forma provisória, um espaço em quiosques montados em frente à Rodoferroviária que funcionarão durante o período de obras do bloco estadual do terminal. A Associação dos Permissionários não aceita ocupar o local por não ter a garantia de que retornará para as novas lojas internas.

Segundo a administração municipal, assim como qualquer empresário, os lojistas atuais podem concorrer aos novos espaços dentro do processo licitatório previsto para ser aberto nessa semana. As obras da Rodoferroviária devem ser concluídas no máximo até maio, sob pena de exclusão da reforma da matriz de responsabilidade do PAC da Copa.

De acordo com a presidente da Associação dos Permissionários, o mandado impetrado pelos lojistas ainda não havia sido julgado até às 18h30 de ontem.

Bloco reformado será liberado no dia 7

Salas climatizadas de espera, novos guichês de atendimento, elevadores e escadas rolantes. São essas as instalações que estarão disponíveis a partir da próxima segunda-feira para quem for utilizar o futuro bloco interestadual da Rodoferroviária de Curitiba. Passageiros com destinos às cidades do Paraná, porém, terão de conviver por pelo menos mais quatro meses em meio aos improvisos causados em função da reforma do terminal.

Ontem, guichês de seis empresas que operam viagens interestaduais já vendiam passagens na nova estrutura e os passageiros poderiam acessá-las por meio das quatro novas escadas rolantes. Mas as salas de espera para embarque e desembarque ainda estavam sem móveis e, por isso, devem ser inauguradas apenas na próxima semana.

Segundo a prefeitura, até o próximo dia 7, todos os embarques e desembarques serão realizados na nova estrutura, inclusive os estaduais. Durante a reforma do espaço onde atualmente estão os guichês estaduais, as vendas desses bilhetes para esses destinos passarão a ser realizadas nos containeres brancos, protegidos com grades amarelas, onde até então funcionava os guichês interestaduais.

Até o momento, a obra consumiu 35% dos R$ 34,4 milhões contratados para a intervenção. A administração municipal promete entregar a estrutura arquitetônica do terminal completamente reformada até maio de 2014. Já o novo estacionamento subterrâneo deve começar a ser construído apenas após a Copa do Mundo para evitar que o terminal esteja em obras durante o evento esportivo.

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