• Carregando...

A seqüência de acidentes envolvendo 16 veículos, que deixou sete mortos e dois feridos na manhã do último sábado, na BR-376, ocorreu justamente em um dos pontos da rodovia considerados mais perigosos (veja mapa) pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Apesar do número de acidentes na rodovia que liga o Paraná a Santa Catarina apresentar redução nos últimos anos, a quantidade de mortos e feridos continua grande, enquanto a conscientização dos motoristas está longe da necessária.

Excesso de velocidade, ultrapassagens indevidas e o uso de álcool e medicamentos para manter os motoristas acordados encabeçam a lista das imprudências responsáveis por acidentes. Somente na BR-376, a PRF registrou neste ano 468 acidentes, incluindo os de sábado. O saldo de mortos foi de 20 e o de feridos, 252. Ainda assim, os números estão abaixo da média dos últimos anos.

Em 2005, foram 1.117 acidentes, 44 mortos e 732 feridos. Já em 2004, os registros apontam para 1.571 acidentes, 43 mortos e 712 feridos. "Os motoristas precisam se conscientizar, conduzir com mais cautela, relembrar o que aprenderam no curso de habilitação e, principalmente, fazer a manutenção de seu veículo com freqüência", alerta a chefe de Comunicação Social da PRF, Dilcléia Tartaia.

A causa relatada para os três acidentes do sábado foi falha mecânica. Ocasionada por caminhões, a tragédia se deu por problemas no engate da carreta, no primeiro acidente, e por defeito nos freios, nos dois últimos. "A estrada está bem sinalizada e não apresenta grandes problemas estruturais. Os acidentes são causados, em sua grande maioria, por falha humana. É preciso mais atenção, menos imprudência e mais cuidado com a manutenção dos veículos", observa Dilcléia.

De acordo com ela, campanhas educativas e preventivas, melhorias na infra-estrutura – a BR-376 foi duplicada em 1997 e hoje possui vários trechos com três faixas – e o aumento no efetivo policial são as principais causas para a redução no número de acidentes, porém, ainda falta a conscientização por parte dos condutores. "As boas condições da estrada favorecem a alta velocidade e o motorista não é prudente, faz ultrapassagens indevidas e sem necessidade", revela Dilcléia. O álcool e os remédios que deixam os caminhoneiros acordados, os famosos "rebites", também são citados como grandes causadores de acidentes. "A pessoa que está com o volante nas mãos precisa ter consciência de que tem nas mãos também a vida de muitas outras pessoas", finaliza.

Acidentes

No acidente do último sábado, uma pessoa morreu ao ter seu carro esmagado pela carreta de um caminhão, que se soltou da cabine. Outras seis morreram quando um caminhão desgovernado não conseguiu parar a tempo e, por causa do congestionamento causado pelo primeiro acidente, colidiu com seis veículos. A falha no sistema de freios também foi a causadora do terceiro acidente, que não resultou em feridos graves ou mortos. O fluxo médio de veículos na rodovia é de 700 por hora, podendo chegar a quatro mil por hora, em feriados prolongados.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]