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Um incêndio de grande proporção atingiu na madrugada desta quarta-feira (22) três galpões na rua Cônego Vicente Miguel Marino na região da Barra Funda, zona oeste de São Paulo.

Nos galpões, funcionavam uma ferramentaria, uma confecção e um estúdio fotográfico. Não houve feridos.

Vinte equipes do Corpo de Bombeiro, totalizando 51 homens, trabalharam no combate ao fogo que começou por volta das 4h e foi controlado uma hora e meia depois. Foram utilizados de 30 a 40 mil litros de água de reúso para apagar o fogo.

O fogo começou na ferramentaria - na parte de baixo- e atingiu rapidamente a parte superior do galpão onde funcionava uma confecção, que ficaram destruídos. O estúdio fotográfico ficou parcialmente danificado pelo fogo.

O empresário Jaques Lerner, proprietário da ferramentaria afetada pelo fogo, disse que foi avisado por volta das 4h30 pela empresa de monitoramento de alarme. "Estou com a empresa aqui desde 2000 e nunca houve incêndio, deixamos a eletricidade desligada", disse Lerner.

Segundo o capitão Marcos de Mattos, do Corpo de Bombeiros, a maior dificuldade no combate ao fogo foi o colapso da estrutura. " O teto desabou e a parede na divisa da ferramentaria com o galpão ameaça desabar", disse o capitão.

Por volta das 7h, os bombeiros permaneciam no local fazendo o trabalho de rescaldo e sem previsão de término. A Defesa Civil estava no local desde às 5h30 esperando o término do trabalho dos bombeiros para fazer vistoria no prédio.

Por causa do incêndio o trânsito na região central está prejudicado. Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego, a rua Cônego Vicente Miguel Marino está interditada nos dois sentidos, entre as ruas do Bosque e Boraceia.

Assustados

Moradores de um prédio localizado na rua do Bosque, que faz fundos com os galpões atingidos pelo incêndio, acordaram assustados por volta das 4h com o clarão provocado pelo fogo. Alguns deles enfrentaram o frio da madrugada e foram até o local para ver o trabalho dos bombeiros.

A psicanalista Elisa Paulesini, 56, disse que ouviu barulho de "estouros como de pipoca" e quando olhou pela janela viu muita fumaça."Moro sozinha, fiquei assustada", falou Elisa enquanto observava o trabalho dos bombeiros.

O encarregado de manobra David Omar, 48, também ouviu o mesmo barulho que a vizinha por volta das 4h e abriu a janela do apartamento." Vi uma claridade de fogo e ouvi um barulho forte que era do telhado desabando", disse.

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