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A Corregedoria da Polícia Civil indiciou oito pessoas - cinco delas policiais - por extorquir dinheiro e bens de integrantes do bando do megatraficante colombiano Juan Carlos Ramirez Abadía. O delegado Pedro Luiz Pórrio e o investigador Régis Xavier de Souza também são acusados, mas ficaram livres do indiciamento por terem conseguido habeas corpus. Até agora, 29 pessoas já foram indiciadas por supostas extorsões contra o bando de Abadía, a maioria delas policiais civis.

Para tentar dar mais celeridade às investigações, a corregedoria optou por dividir os casos de achaque em três inquéritos independentes. Dois já foram concluídos e resultaram na abertura de processo criminal. O último diz respeito ao sequestro de Henry Edval Lagos, o Patcho, braço direito de Abadía. "Esse era um caso muito importante para nós. Esse tipo de problema não podemos tolerar", disse o delegado-geral, Domingos Paulo Neto.

De acordo com denúncia do Ministério Público, três informantes ("gansos") teriam contado a policiais sobre as atividade ilícitas de Patcho no País. A informação teria sido levada aos superiores deles no Departamento de Investigação sobre Narcóticos (Denarc), que autorizaram seus homens a acompanhar o cotidiano do traficante. Em poucos dias eles confirmaram o envolvimento de Patcho com o tráfico internacional de entorpecentes e resolveram sequestrá-lo. A captura do traficante ocorreu quando ele voltava de uma corrida de kart em Aldeia da Serra.

Para conseguir a quantia desejada, os policiais teriam submetido Patcho a sessões de tortura. O pagamento do resgate do traficante foi negociado pelo empresário Daniel Braz Maróstica, dono de uma loja de jet ski na zona sul de São Paulo e que ajudava Abadía lavar dinheiro com a compra de bens. Assim que foi solto, Patcho fugiu do País para se livrar dos achaques de policiais.

Os policiais civis indiciados por extorsão mediante sequestro e formação de quadrilha no caso Patcho foram: Irani Guedes Barros (delegado); Pedro Paulo Rodrigues Oliveira (investigador); Francisco Carlos Vintecinco (investigador); Júlio César Gaeta (investigador); Hélio Basílio dos Santos (investigador). Além deles, fazem parte da acusação os informantes Gledison Taiguara Cerqueira Fahel, Marco Aurélio Morangoni Ferreira e Roberto Simões Pereira. Nesta quarta (14), o investigador Anselmo Ferreira, acusado em outro episódio de extorsão contra o bando de Abadía, foi preso pela corregedoria. Estava foragido havia dois meses

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