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Balsa de Guaratuba também foi palco de protesto

Na quarta-feira (28), outro protesto envolvendo uma balsa durou cerca de quatro horas no litoral do Paraná. Estudantes da Universidade Federal do Paraná (UFPR) fizeram a manifestação depois que um grupo de alunos foi barrado e mantido no meio da Baía de Guaratuba por cerca de duas horas. Os estudantes, acompanhados por um professor e pelo motorista, retornavam de uma atividade pedagógica para Matinhos no fim da manhã quando foram impedidos de desembarcar por não terem pago a travessia. O impasse causou um protesto que reuniu cerca de 100 alunos no trapiche de Guaratuba. A situação foi resolvida com a intervenção do Ministério Público e da Polícia Civil, que levaram a empresa concessionária F. Andreis a liberar o ônibus sem pagar a tarifa.

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Cerca de cem índios guaranis da aldeia Tekoá Marangatu fecharam o acesso à balsa que faz a travessia do Rio Paraná entre a cidade de Guaíra, no Oeste do Paraná, e o município de Salto del Guairá, no Paraguai entre 7h30 e meio-dia desta quinta-feira (29).

De acordo com a F.Andreis, empresa responsável pela balsa, os índios fizeram o protesto para reclamar da falta de assistência da prefeitura. No último fim de semana, um vendaval destruiu parte da aldeia e o grupo não teria recebido nenhuma ajuda para a reconstrução das moradias até agora.

Dessa forma, os índios liberaram o tráfego no acesso à balsa até a manhã de sexta-feira (30). Isso porque haverá uma reunião no fórum, às 9 horas, com representantes da Procuradoria da República, Funai, Prefeitura.

Uma equipe da Polícia Federal (PF) foi ao local para acompanhar o protesto, que foi pacífico. A balsa é a principal via de acesso de caminhões que vão do Brasil para o Paraguai pela cidade de Guaíra. Segundo a F.Andreis, aproximadamente 60 veículos fazem a travessia para Salto del Guairá diariamente. A empresa não soube informar quantos caminhões haviam sido barrados, mas afirmou que havias filas de veículos dos dois lados da fronteira.

Os índios ocuparam o posto da Receita Federal, onde é feito o desembaraço aduaneiro das cargas. Embora a Ponte Ayrton Senna, que também liga a cidade ao Paraguai, estivesse liberada, as carretas não poderiam utilizá-la sem passar pela Receita.

Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da prefeitura de Guaíra informou que por volta das 11h20, o prefeito da cidade, Manoel Kuba, estava no local do protesto para negociar a liberação da balsa. A assessoria não soube informar que proposta Kuba apresentaria para os manifestantes.

Procurada pela reportagem, a administração regional de Guarapuava da Fundação Nacional do Índio (Funai), responsável pela área de Guaíra, informou que, pouco antes do meio-dia, realizou uma reunião para discutir que ações poderiam ser adotadas no município para resolver o impasse.

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