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Cerca de 40 indígenas das etnias caingangue, guarani e xetá ocuparam, na noite de quarta-feira, um terreno no bairro Tatuquara, em Curitiba. A área, de 44,2 mil metros quadrados, foi prometida pela Companhia de Habitação (Cohab) da capital aos indígenas, que há cerca de quatro anos ocupam um parte da Reserva Biológica de Cambuí, perto da divisa de Curitiba com São José dos Pinhais. Depois de uma reunião com técnicos da Cohab, ontem à tarde, eles decidiram voltar para a reserva.

Segundo um dos líderes do grupo, Alcino de Almeida, 51 anos, em março do ano passado a Cohab se comprometeu a assentar os indígenas no terreno do Tatuquara, o que até agora não aconteceu. A transferência das famílias depende de acordos com a Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), a Fundação Nacional do Índio (Funai) e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

Pela proposta, a Cohab ficaria responsável apenas por fornecer o local. As moradias ficariam a cargo da Cohapar, que tem um projeto de habitação para indígenas. A princípio, de acordo com Almeida, o prazo para a entrega do terreno seria o dia 29 de março deste ano. "Se não houver uma solução, a gente vai voltar", afirmou. De acordo com ele, 35 famílias, ou cerca de 350 pessoas, vivem atualmente na Reserva do Cambuí. "Levamos apenas 11 famílias para o terreno novo, porque queríamos chamar a atenção para a nossa situação. As crianças estão sem escola e não temos segurança no Cambuí. Algumas pessoas armadas nos ameaçam." Segundo ele, as cerca de 350 pessoas viviam em favelas na periferia antes de se transferirem para o Cambuí. "Queremos preservar nossa cultura", disse.

A Cohab informou que a transferência definitiva das famílias para o terreno do Tatuquara depende de um acordo dos indígenas com a Funai e a Cohapar. Uma nova reunião para tratar do assunto foi marcada para a próxima semana.

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