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Os índios retirados ontem da Aldeia Maracanã, zona norte do Rio, devem ser transferidos na manhã de domingo (24) para uma área em Jacarepaguá, na zona oeste, segundo informação da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos.Desde ontem eles estão abrigados temporariamente num hotel no centro da cidade usado como abrigo de vulneráveis.

De acordo com o cacique Carlos Tukano, os índios estão sendo "forçados mais uma vez". Numa longa reunião entre índios e assistentes sociais na tarde de hoje, eles pediram para visitar os outros dois locais na zona norte oferecidos anteriormente pelo estado como alternativa para a construção de uma aldeia.

A primeira é uma área em Bonsucesso -no antigo Abrigo Cristo Redentor, para onde são levadas algumas das pessoas recolhidas nas ruas da cidade. A outra fica em São Cristóvão, onde há um presídio que seria demolido. A ideia deles é decidir a transferência na segunda-feira, após avaliação de todas as áreas.Enquanto a reunião ocorria, a assessoria de imprensa da secretaria informou que a área de Jacarepaguá era a última proposta, já que os próprios índios teriam desistido de visitar as demais áreas por terem gostado do terreno na zona oeste.Tukano disse que após o confronto com a tropa de choque na Aldeia Maracanã, os índios ficaram sem documentos, roupas e pertences, pois tudo foi levado para um depósito em Irajá, na zona norte.A secretaria confirmou que um caminhão entregará os pertences até 24 horas após a transferência para Jacarepaguá. A assessoria culpou os índios por não portarem documentos nem terem mudas de roupas, afirmando que eles foram avisados de que ficariam até 72 horas no hotel.O cacique também reclamou da falta de informação sobre oito índios, dizendo que não tinha notícias sobre cinco crianças. A secretaria informou que todas estão na casa de parentes em Thomaz Coelho, na zona norte da cidade.De acordo com os índios, um andar inteiro do hotel foi reservado para eles. A maioria dos quartos, dizem eles, não têm janela nem ventilador e são bem apertados. Ninguém pode entrar ou sair do hotel após as 22h. A entrada de jornalistas no hotel não foi permitida.

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